No mês de agosto, o estado de Mato Grosso acumulou a 4ª maior inflação do país no setor da construção civil. O índice foi de 0,65% a mais de julho para agosto, conforme dados apresentados pelo IBGE por meio do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi).
Lideraram o ranking nacional Rondônia (0,85%), São Paulo (0,85%), Paraná (0,73%) seguido por Mato Grosso.
Com a variação positiva, o custo médio do metro quadrado construído no Estado fechou agosto em R$ 1.088,98, ficando como segundo mais caro do Centro-Oeste, atrás apenas do registrado no Distrito Federal, R$ 1.160,75. Goiás ficou com média de R$ 1.087,76 e Mato Grosso do Sul com o menor valor, R$ 1.083,18.
Para empresários do setor, a elevação dos custos pode estar ligada à demanda mais aquecida, com início do período de estiagem, momento em que muitas pessoas usam para construir e reformar.
Apesar da elevação mensal, Mato Grosso acumula inflação de 0,91% no acumulado de 2018, considerando de janeiro a agosto, a menor do Centro-oeste. Nesse indicador, o Estado exibe a segunda menor inflação do setor no país, atrás apenas dos 0,84% contabilizados no Tocantins.
No país, o Sinapi apresentou variação de 0,36% em agosto, ficando 0,16 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa do mês anterior (0,52%). O acumulado no ano ficou em 3,02% e nos últimos doze meses em 4,15%, resultado acima dos 4,01% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2017 o índice foi 0,23%.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em julho estava em R$ 1.095,09, passou para R$ 1.099,01 em agosto, sendo R$ 566,91 relativos aos materiais e R$ 532,10 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 0,57%, resultado abaixo do índice observado em julho (0,88%), mas ficando acima da taxa registrada em agosto de 2017 (-0,12%). Já o valor da mão de obra apresentou variação de 0,13%, mesmo índice registrado no mês anterior, embora tenha ficado abaixo do resultado verificado em agosto de 2017 (0,60%), queda de 0,47 ponto percentual.
Com índices positivos em todos os estados, a região Sudeste registrou a maior variação em agosto, 0,53%. Nas demais regiões as taxas ficaram em 0,38% (Norte), 0,16% (Nordeste), 0,30% (Sul) e 0,31% (Centro-Oeste). Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.083,47 (Norte), R$ 1.021,46 (Nordeste), R$ 1.151,72 (Sudeste), R$ 1.141,00 (Sul) e R$ 1.103,92 (Centro-Oeste).
Com taxas positivas tanto na parcela dos materiais como na mão de obra, São Paulo e Rondônia foram os estados que apresentaram as maiores variações mensais, ambos com 0,85%.