Em nota divulgada na última quinta-feira (22), o Banco Central (BC) anunciou que simplificou suas regras de recolhimentos compulsórios e, com isso, liberou R$ 2,7 bilhões na economia brasileira.
Segundo o Banco Central , as mudanças nas regras tem como objetivo, além de simplificar o processo de recolhimento, de reduzir os custos para o sistema financeiro.
Os recolhimentos compulsórios são a parcela dos depósitos que os bancos devem manter retidos em uma conta no BC. É dessa forma que a autoridade monetária consegue regular a quantidade de dinheiro que está em circulação no mercado, além de ajudar a regular a inflação do País.
De acordo com a instituição, os ajustes nas regras foram feitos tanto para os recolhimentos de depósitos a vista, em que há dinheiro disponível para saque pelo cliente a qualquer momento, quanto para os feito a prazo, quando o dinheiro fica parado no banco, rendendo por determinado período.
Para compensar essas alterações, as alíquotas (que são as parcelas de recursos que tem que ser mantidas no BC) para os recursos a vista e a prazo foram reduzidas. Enquanto a alíquiota a vista caiu de 25% para 21%, o valor a prazo foi de 34% para 33%.
Segundo o banco, essa medida vai liberar R$ 2,7 milhões na economia brasileira no fim deste ano, o que representa uma pequena parcela (0,6%) do recolhimento total registrado pelo banco, que é de R$ 435,906 bilhões.
A instituição também acrescentou que os ajustes liberaram oito instituições financeiras de menor porte da obrigatoriedade dos recolhimentos. Ainda de acordo com a nota, essas mudanças estão no "pilar Crédito mais Barato da Agenda BC+", que é formada por medidas que tornem o crédito mais barato, aumentam a educação financeira, modernizem a legislação e tornem o sistema financeiro mais eficiente.
O Banco Central também ressaltou que as regras, que antes da simplificação estavam dispersas em 17 documentos, agora fazem parte de apenas duas circulares.