Mato Grosso ampliou em 35% as vendas de sementes de milho safrinha em 2021, ante 2020. Os dados fazem parte do estudo BIP – Business Intelligence Panel, da Spark Inteligência estratégica. No País, a expansão anual foi de 30%.
Em Mato Grosso, a comercialização passou de R$ 2,33 bilhões para R$ 3,13 bilhões. A maior parte das sementes negociadas pertence a terceira geração (66%) e de segunda geração, com participação de 27%.
No País, os negócios somaram R$ 7,9 bilhões, contra R$ 6 bilhões de 2020. A Spark apurou também que o grão ocupou 14,5 milhões de hectares nas regiões cobertas pelo estudo, uma elevação de 11% frente ao período anterior (13,1 milhões de hectares). O BIP Milho 2022, segundo informa a empresa, será publicado já em abril próximo.
Conforme a analista de mercado da Spark, Raquel Ribeiro, a alta nas vendas de sementes se explica principalmente pela adesão do produtor às cultivares mais inovadoras, inseridas na chamada terceira geração da biotecnologia. “O produtor tem apostado em híbridos modernos para controle de lagartas. Essas tecnologias também apresentam tolerância a herbicidas e constituem hoje ferramentas estratégicas ao manejo de lavouras”, resume a especialista.
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Ainda de acordo com a especialista, a movimentação robusta de biotecnologias de terceira geração não tem relação direta com o aumento da área plantada na safrinha. “A pesquisa revela que o desempenho dessas sementes decorre da tendência de o produtor de milho priorizar os pilares genética de qualidade, biotecnologia de ponta e sementes tratadas com inseticidas e fungicidas, em busca de mais produtividade e rentabilidade.”
“Devido ao avanço acelerado das biotecnologias, o BIP constatou ter havido uma queda representativa nas aplicações de defensivos agrícolas para controle de lagartas na safrinha”, continua Raquel. Conforme compara a especialista da Spark, no ano de 2021, 57% das áreas cultivadas tiveram ao menos uma aplicação de lagarticidas, índice situado acima de 70% dois anos atrás.
O BIP Spark Milho 2020-21, que abrange o milho na safrinha, resultou de mais de 3 mil entrevistas junto a agricultores das principais regiões produtoras. O estudo mostra ainda que as maiores áreas plantadas na safrinha foram constatadas nos estados de Mato Grosso, com 41% do total, Paraná (17%), Goiás e Mato Grosso do Sul, os dois últimos com 15% cada.
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