A alta do petróleo impactou o preço do açúcar e etanol, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, essa elevação no mercado interno tende a ser limitada devido à aproximação da safra 2022/23 de cana, com perspectiva de recuperação da produção, além da valorização do real frente ao dólar.
Segundo noticiado pelo MT Econômico, o etanol superou a marca dos R$ 5,00 em março atingindo R$ 5,17, assustando os consumidores. O biocombustível estava com preço estabilizado em R$ 4,77 antes da alta. Veja mais aqui
Alguns postos de Cuiabá e Várzea Grande essa semana já retomaram para o patamar abaixo de R$ 5,00, em média R$ 4,99. Em relação à gasolina o etanol segue em desvantagem na relação de 70%, pois o preço da gasolina atual médio é de R$ 6,97. Para fazer o cálculo basta dividir o valor do litro do etanol pela gasolina e multiplicar por 100. Ex: 4,99/6,97=0,71×100=71%. O etanol só é vantajoso se esse resultado for menor que 70%.
Exportações – A venda de açúcar para o mercado externo nos onze meses da safra 2021/22 alcançou cerca de 24,5 milhões de toneladas, uma redução de 18,8% na comparação com igual período do ciclo anterior. Queda também para as exportações de etanol. No caso do biocombustível a redução chega a 41,4% no acumulado dos onze meses da safra 2021/22. De acordo com a análise da Conab, o menor volume de venda para o mercado externo é explicado pela quebra da produção na temporada e por problemas logísticos no transporte marítimo internacional.
Segundo estimativa da Companhia, a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve ser de 568,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, uma queda de 13,2% na comparação com a produção de 654,5 milhões de toneladas do ciclo anterior. Essa redução se deve à uma menor área cultivada aliada a uma menor produtividade dos canaviais em razão da seca e das geadas do último inverno.
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