Chuvas prolongadas podem sustentar preços da arroba (@) e retardar o efeito negativo da pressão da oferta do gado pasto, segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Como explicam os analistas, o mês de maio costuma ser caracterizado pela queda nos preços do boi gordo em decorrência do aumento na oferta de bovinos para abate, uma vez que, com o início da seca, os pecuaristas precisam ajustar a taxa de lotação dos pastos.
“Assim, o analisar a média histórica, verificou-se que, em maio, os preços foram 0,81% menores do que a média registrada em abril. Mesmo em anos em que o ajuste foi positivo para o período, a variação foi ‘amena’. No entanto, o prolongamento das chuvas em Mato Grosso este ano pode amenizar a pressão de baixa deste período, ao favorecer a manutenção do pasto por mais tempo”, explicam os analistas.
Por outro lado, quando analisado o comportamento dos preços em outubro, a tendência é de ganhos para a arroba bovina quando comparado aos preços praticados em maio do mesmo ano, com média de 5,89% ao longo da série histórica do Imea.
CUSTO EM ALTA – Segundo o Custo de Produção Agropecuária de Mato Grosso, o custo operacional efetivo (COE) do sistema de recria/engorda no 1º tri/25 foi de R$ 278,18/@ vendida, aumentou de 46,81% em relação ao custo de 2024. “Apesar da redução de taxas e impostos, a procura por seguro de produção e despesas gerais apresentaram um expressivo avanço, que resultou no acréscimo de R$ 88,70/@ vendida”.
Ainda, o aumento no COE do sistema de cria foi de 29,70% no mesmo comparativo, e saiu de R$ 144,41/@ vendida no último ano para R$ 187,30/@ na média dos três primeiros meses de 2025. A alta foi resultado do maior dispêndio com suplementações concentradas e despesas gerais. Por fim, para o ciclo completo, o COE foi de R$ 123,70/@ vendida no mesmo período, queda de 18,39% no mesmo comparativo.
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