O intenso envio de fêmeas para o gancho resultou no maior volume de abates registrado em um ano no estado, aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), conforme já antecipado pelo MT Econômico em dezembro.
Em 2024, Mato Grosso abateu volume recorde de bovinos, totalizando 7,35 milhões de animais enviados para o gancho, incremento de 19,36% em relação ao ano anterior, conforme dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea).
Ainda conforme os analistas, outro destaque de 2024 foi a maior participação de animais jovens (menos de 24 meses), que teve avanço de 7,42 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2023, e representou 37,34% do total abatido no último ano, recorde para a categoria.
“Além disso, o intenso envio de fêmeas para os frigoríficos resultou em um acréscimo de 23,62% no comparativo anual, com 3,47 milhões de cabeças no período. Desse modo, a participação de fêmeas nos abates totais ficou em 47,15%, sendo o terceiro maior percentual registrado. Já os machos totalizaram 3,89 milhões de cabeças, aumento de 15,81% em relação ao alcançado em 2023”, explicam.
CUSTO DE PRODUÇÃO – Foi divulgado o relatório de Custo de Produção Agropecuária de Mato Grosso para os sistemas de cria, recria/engorda e ciclo completo, com o consolidado de 2024. Para o sistema de cria, o custo operacional efetivo (COE) foi de R$ 147,58/@, acréscimo de 12,65% ante o COE de 2023, que era de R$ 131,01/@.
“Esse cenário foi resultado da elevação com gastos como suplementação e pastagem, além dos demais custos, que totalizaram aumento de R$ 16,57/@ no indicador. Além disso, no sistema de recria/engorda, o COE apresentou aumento de 12,67%, passando de R$ 197,34/@ em 2023 para R$ 222,34/@ em 2024. Essa alta é reflexo da redução na oferta de gado de reposição, que aumentou o custo com aquisição de animais.”, explicam os analistas de pecuária.
O custo operacional efetivo do ciclo completo, registrou a menor variação dentre os sistemas, com +1,60% no comparativo anual, com a média de R$ 161,40/@ em 2024.
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