Dados atualizados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que na parcial de setembro – até 19/09 -, as escalas de abate de bovinos ficaram em média em 12,56 dias, representando um alongamento de 35,01% em relação ao mês de agosto. “Esse movimento reflete a maior oferta de animais terminados na segunda quinzena de agosto, que já havia provocado um primeiro alongamento das escalas e se manteve na primeira metade de setembro, refletindo os avanços os abates do confinamento”, explicam os analistas.
Como detalham, esse cenário esteve atrelado ao avanço dos abates no mês de agosto com aumento mais expressivo na categoria de confinamento que registrou alta de 29,29%. Já no semiconfinamento, o aumento foi de 5,38%, enquanto os animais criados a pasto apresentaram retração de 9,23% no comparativo com o mês anterior.
“Com isso, o incremento de oferta sustentou o alongamento das escalas em setembro, que pode se consolidar como a média mais longa já registrada na série histórica.
REDUZIU – O preço de bezerro de 7@ em Mato Grosso recuou 1,49% no comparativo semanal, sendo cotado em média a R$ 13,25/kg, seguindo a tendência do boi gordo.
CAIU – Na semana passada, a arroba do boi gordo a prazo foi cotada em média a R$ 298,26/@, recuo de 1,30% entre as semanas, ocasionado pelo alongamento das escalas de abate.
ABAIXOU – No atacado, o preço da carcaça casada do boi caiu 0,95% na semana passada, resultado da menor demanda interna no mercado, sendo cotada a R$ 20,88/kg.
CRIA E RECRIA – Em 2025, a menor oferta de bezerros elevou os preços e tem favorecido o sistema de cria no estado. O preço do bezerro de 12 meses deflacionado (média de jan/25 a set/25) foi de R$ 12,88/kg para machos e R$ 9,92/kg para fêmeas, aumento de 42,19% e 43,24%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2024. Esse resultado esteve atrelado ao aumento do descarte de fêmeas ocorrido em anos anteriores e, consequentemente, resultou em uma menor oferta de animais jovens. Diante disso, segundo o Indea, na parcial de maio/25, o rebanho de bezerros machos de 0 a 12 meses foi de 4,90 milhões de cabeças e 4,20 milhões para fêmeas, redução de 3,29% e 5,39%, respectivamente, em relação ao consolidado de 2024. “A valorização dos preços dos bezerros tende a estimular o sistema de cria, incentivando a retenção de fêmeas e reduzindo o volume de abates de matrizes no estado”.
Quer acompanhar as principais notícias de Economia, Política e Negócios de Mato Grosso? Clique aqui e entre no grupo

