O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a retomada, ontem (1º), da taxação original de 18% que incide sobre o combustível importado para o Brasil. Isso porque a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu não renovar a prorrogação do imposto de importação.
“Essa desoneração, feita de forma despreparada, prejudicava a indústria nacional de etanol, que é responsável pela geração de empregos, oportunidades e energia limpa e precisa ser valorizada”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O retorno da taxa de importação protege o setor produtivo brasileiro sem causar impacto econômico para o consumidor final, segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Roberto Perosa.
De acordo com ele, o etanol brasileiro é mais competitivo e mais barato na maioria das regiões do Brasil, e o setor tem capacidade de fornecer o biocombustível para atender à demanda interna. “Não há risco de desabastecimento e nem subida de preço”, concluiu o secretário.
A produção brasileira de etanol está estimada em 31,14 bilhões de litros na safra 2022/23, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A tarifa foi zerada pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em março de 2022, sob o argumento de que a medida ajudaria a combater a inflação.
Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o Brasil importou 311,83 milhões de litros de etanol em 2022, movimentando R$ 1,04 bilhão.
Os Estados Unidos foram o principal exportador de etanol para o País e venderam mais de 65% do total adquirido em 2022 (209,60 milhões de litros).
O país norte-americano foi seguido pelo Paraguai (que comercializou 101,88 milhões de litros com o Brasil).