Alterações regionalizadas de clima impactam diretamente na produtividade de soja nas diferentes regiões produtoras da cultura. Diante disso, parte da solução é investir no manejo nutricional e fisiológico das plantas. Esta é a análise do pesquisador Gabriel Schaich, consultor em Nutrição e Fisiologia Vegetal na PhysioAtac Consultoria.
Em um diade campo, o pesquisador mostrou o impacto de diferentes condições climáticas em Mato Grosso. “Regiões em que os dias são mais nublados, outros com clima mais seco, o que fazer, como agir diante destas adversidades? Podemos tratar com manejo nutricional e fisiológico, minimizando o efeito dessas condições”, explica. Schaich Ele ainda afirmou que florescimento precoce, exige a antecipação de parte do manejo nutricional.
“Em nossos projetos de pesquisa, o que temos, de mais recente e mais diferente, são dados de materiais de crescimento indeterminado. A antecipação do florescimento vem mostrando uma antecipação de demanda nutricional, isso é um aspecto que atraiu atenção e é muito claro para fisiologia”, ressaltou.
Ainda sobre os eventos climáticos, a pesquisadora da Proteplan, Alana Tomen, revelou em um dos painéis do evento, que esta safra recebeu um período intenso de chuvas, o que acarretou alta severidade de doenças nas lavouras.
“A partir da última dezena de dezembro e por todo mês de janeiro, tivemos uma frequência alta de dias chuvosos, o que fez por explodir a severidade de mancha alvo no nosso Estado de uma maneira geral, além das particularidades de cada região, como a detecção da ferrugem nos primeiros dias do ano na região sul do Estado e a forte incidência de antracnose na região médio-norte e norte de Mato Grosso. Durante todo esse período, nós intensificamos nossas
avaliações em campo para que consigamos ir para a próxima safra com resultados atualizados e consistentes independente do cenário”, falou.
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS – Os aspectos fisiológicos, nutricionais e fitossanitários das lavouras foram pontuados como os mais relevantes para o aumento da produtividade na agricultura mato-grossense.
“Vimos em campo diferenças visuais em função dos diferentes tratamentos e nós conseguimos levar ao produtor as informações antes da safra terminar. Isso é muito valioso e importante para a tomada de decisão. Conseguir antecipar alguma ação, comprar melhor seus insumos, definir a melhor estratégia para se proteger contra os fatores que podem diminuir sua produtividade é o que definirá a rentabilidade das lavouras“, explicou Fabiano Siqueri, pesquisador da Proteplan.
“Na agricultura, muitas coisas a gente precisa ver para crer, então essa oportunidade de ver in loco o resultado de um estudo, de determinada variedade ou de um programa de aplicação de fungicidas, por exemplo, convence ainda mais as pessoas acerca de um dado obtido pela pesquisa. Ao vir aos dias de campo da Proteplan, o produtor rural pode ver muitos resultados com os próprios olhos e tirar suas próprias conclusões, aumentando sua confiança na tomada de decisão”, falou Alana.