O setor de serviços em Mato Grosso teve maior ampliação no início de 2017, conforme a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira(29). De acordo com a pesquisa, o crescimento foi de 31,1%.
A comparação leva em conta o resultado de janeiro de 2017 ante dezembro de 2016. Tiveram destaque nos resultados regionais, Alagoas (13,8%) e Piauí (12,6%).
No país houve retração de 2,2% em janeiro de 2017 ante dezembro de 2016. Na mesma comparação mensal, as maiores variações negativas foram observadas em Roraima e Amapá (ambas com -13,1%), Sergipe (-12,8%) e Maranhão (-8,1%).
Já Mato Grosso encerrou o ano passado com retração de 12,1% em relação a 2015, a maior registrada entre os estados do Centro-Oeste. Depois de fechar dezembro com a maior queda do país no volume de serviços com -33,1% e acumular histórico de recuos significativos em nível nacional ao longo de todo ano de 2016, o saldo não poderia ter sido outro no fechamento do exercício anterior.
Na comparação anual, onde se avalia o desempenho de janeiro de 2017 ante janeiro de 2016, a pesquisa do IBGE mostra que o setor já volta a pontuar de forma negativa e apresenta variação de -14,9%. Nesse período, apenas Mato Grosso do Sul – considerando os estados do Centro-Oeste – teve performance ainda pior, -23,8%. Goiás e Distrito Federal fecharam com 12,5% e 12,1%, respectivamente.
Ainda na comparação anual, o país teve queda de 7,3% e os maiores destaques positivos desse intervalo foram Alagoas (14,7%), Piauí (8,1%) e Ceará (2,6%). As maiores variações negativas foram registradas em Rondônia (-25,6%), Tocantins (-24,5%) e Amapá (-24,4%).
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca que a retração no Brasil de 2,2%, é o pior resultado em comparativos mensais desde o início da pesquisa em 2012.
Para a CNC, o maior grau de dependência das condições internas por parte do setor de serviços deverá contribuir para retardar a reativação do nível de atividade do setor após dois anos de perdas (-3,6% em 2015 e -5% em 2016). Dessa forma, mesmo considerando um cenário mais favorável do ponto de vista do comportamento dos preços e do custo dos investimentos, a CNC projeta variação no volume de receitas do setor de -1,3%, em 2017.