A produção industrial de Mato Grosso segue contabilizando resultados negativos e atingiu, em agosto, o segundo pior resultado do País, considerando os primeiros oito meses do ano: -4,7%. Recuo maior no período foi registrado na Bahia, com retração anual de 14,8%. De janeiro a agosto, o Brasil, por exemplo, apontou crescimento de 9,2%.
Contribuíram para o desempenho do Estado a retração em importantes segmentos industriais, como de alimentos (-1,32%), de bebidas (-0,73%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,12%).
Mato Grosso está entre os cinco, dos 15 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), do IBGE, que tiveram resultados negativos no acumulado do ano.
Na comparação em relação a agosto do ano passado, a produção estadual aponta queda de 2,1% e na passagem de julho para agosto, -2,3%.
A pandemia da Covid-19 ainda influencia a retomada do setor industrial, avalia Bernardo Almeida, analista da pesquisa, que explica que os custos de matéria-prima estão altos e há falta de abastecimento de certos insumos. “Há também uma diminuição no consumo, com inflação crescente, o que contribuí para diminuir o poder de compra das famílias. Tudo isso impacta na cadeia produtiva, afetando a tomada de decisão tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores”, afirma.
A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.
Leia também: Redução do ICMS irá trazer alívio para indústrias de MT, diz presidente da Aedic