As exportações mato-grossenses tiveram em agosto uma receita recorde para o mês, somando negócios de US$ 2,5 bilhões. Esse resultado manteve o Estado como quarto maior exportador brasileiro e ainda assegurou a liderança da Balança Comercial, com um superávit de US$ 19,02 bilhões, o maior no País, no acumulado de janeiro a agosto.
Aliás, 2022 segue registrando números inéditos para o comércio internacional de Mato Grosso. O saldo da Balança, por exemplo – resultado do total contabilizado com as exportações menos os gastos com as importações – supera saldo de estados como Minas Gerais (US$ 15,56 bilhões) e o Pará (US$ 13,03 bilhões).
De janeiro a agosto, as exportações mato-grossenses somam US$ 23,14 bilhões, cifras quase 40% maiores que o consolidado em igual momento do ano passado: US$ 16,6 bilhões. E novamente, as embarcações de soja em grão e o mercado chinês, são responsáveis pela performance histórica. As vendas da oleaginosa representam 57% do faturamento global da pauta estadual em 2022 e a China responsável por 39% de todo faturamento até aqui.
Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram ainda que de um ano para o outro, a receita originada com as exportações da soja em grão aumentou em US$ 3,3 bilhões, o que elevou o total de 2022 a um saldo de US$ 13,1 bilhões. Além de recorde e de sustentar a pauta estadual, os embarques geraram receita 33% maior em relação ao mesmo momento do ano passado.
Depois da soja, o milho ocupa a segunda posição da pauta estadual. Com negócios em US$ 2,9 bilhões, o cereal foi responsável por 12% do faturamento global e aumentou os negócios em 99% em relação ao mesmo momento de 2021.
Com participação de 7,7% sobre a receita das exportações de Mato Grosso está a carne bovina. O faturamento da commodity somou US$ 1,78 bilhão, aumento anual de 56%.
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O algodão – entre as principais commodities exportadas pelo Estado – foi o único com retração anual. Mesmo participando com 5,9% da receita mato-grossense, registrou US$ 1,37 bilhão, 9% menor em relação os primeiros oito meses do ano passado.
DESTINOS – Na dianteira das relações comerciais de Mato Grosso está a China, maior parceiro do Estado e do País. De janeiro a agosto os chineses negociaram US$ 9 bilhões, cifras que além de representarem 39% de tudo que o Estado faturou, é quase o dobro (50%) maior do que registrado em igual intervalo do ano passado. Na segunda e terceira colocação estão a Espanha e a Tailândia, cada uma com negócios de US$ 1,09 bilhão, aumentando em 6,2% e 13%, respectivamente, suas compras. Na quarta posição está a Holanda (Países Baixos) com compras em US$ 979 milhões, alta anual de 28,6%. Fechando os cinco mais importantes mercados para Mato Grosso está o Irã com negócios em US$ 926 milhões, 100% maiores em relação a 2021.
IMPORTAÇÕES – Mato Grosso importou o equivalente a US$ 4,15 bilhões de janeiro a agosto deste ano. As cifras mostram um crescimento de 174,7% em relação ao mesmo momento do ano passado. Desse total, 81% foram desembolsados para aquisição de adubos e fertilizantes químicos, que dominam as compras feitas pelo Estado. Dos US$ 4,15 bilhões em compras, US$ 3,3 bilhões direcionados à aquisição de matérias-primas para a agropecuária. Mesmo com o dólar disparando em várias oportunidades al longo desse ano, a demanda pelos adubos marcou crescimento de 170% em relação a 2021.
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