Com o adiantamento da colheita de soja em Mato Grosso, a semeadura do milho 2021/22 teve início precoce ante a safra passada. Assim, o primeiro levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) registrou que 1,57% da área destinada ao cereal já foi semeada no Estado.
“Os volumes de chuvas registrados nesse período dificultaram um maior adiantamento na colheita da soja, o que vem limitando a disponibilidade das áreas para o avanço da semeadura do cereal neste primeiro momento, visto ainda que grande parte dessas primeiras áreas colhidas está sendo destinadas à semeadura do algodão. Assim, apesar do adiantamento frente a safra 2020/21, os trabalhos a campo apresentaram nesta semana um atraso de 0,54 pontos percentuais (p.p.) em relação à média dos últimos cinco anos”.
Com relação às previsões de chuvas, o Tempo Campo aponta que o noroeste e nordeste do Estado devem apresentar os maiores índices pluviométricos para esta semana, o que pode dificultar o avanço da semeadura nestas regiões.
Para esta safra, o Imea projeta área e produção recordes. O cereal deve ocupar 6,22 milhões de hectares (ha), aumentou anual de 6,64%, e produção de 39,64 milhões de toneladas, variação anual de quase 22%. Se confirmada, o ciclo 2021/22 estará ofertando mais milho do que soja em Mato Grosso.
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COMERCIALIZAÇÃO – O Imea divulgou o acompanhamento da comercialização de milho em Mato Grosso, referente às safras 2020/21, 2021/22 e 2022/23. De acordo com o Instituto, a safra 2020/21 apresentou um avanço de 2,56 pontos percentuais (p.p.) ante o mês passado e totalizou 97,62% da produção em dezembro de 2021.
Com relação à temporada 2021/22, o avanço foi o mais expressivo dentre os últimos sete meses, com incremento de 4,57 p.p. ante o mês de novembro de 2021, totalizando 45,52% da produção esperada negociada. “Este incremento nas negociações foi pautado pelo aumento de 1,93% no preço médio comercializado que ficou cotado em R$ 64,69/sc. Já para a safra 2022/23, em dezembro de 2021, foi registrado o maior volume de negociações para o cereal nesta temporada, até o momento”, destacam os analistas.
A comercialização apresentou um avanço de 2,33 p.p., ante novembro do ano passado, e totalizou 3,84% da produção esperada negociada. Este incremento foi motivado pela aquisição de insumos para a temporada em forma de barter (trocas), com a relação de troca estando mais favorável ante a novembro de 2021.