Mato Grosso, Goiás e Triângulo Mineiro registraram bom aumento da umidade do solo na comparação entre os dias 14 e 24 de outubro, favorecendo os trabalhos de campo, porém, o NDVI (índice de vegetação) permanece com valores muito baixos, refletindo ainda o atraso no plantio da soja, aponta a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites.
No período, a precipitação acumulada variou de 30 mm a 100 mm na faixa que se estende do Mato Grosso até São Paulo, cobrindo também boa parte do Nordeste. Os volumes representam de 50% a 200% acima da média para a região. Há ainda a necessidade de mais chuvas, principalmente no oeste de Mato Grosso, norte do Paraná e Mato Grosso do Sul, na avaliação de Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro.
Os modelos climáticos ECMWF (europeu) e GFS (americano) preveem chuvas acima da média em uma faixa de Mato Grosso a São Paulo nos próximos 10 dias, cenário favorável para o cultivo da soja. Para o Sul do país, a previsão é que as chuvas permaneçam de 60% a mais de 80% abaixo da média, conforme o ECMWF.
Na comparação da temperatura média dos últimos 10 dias – em relação aos últimos 30 dias – o calor foi menos intenso, variando de 1°C a 3°C abaixo da média, especialmente no Nordeste e Centro-Oeste. As temperaturas mais baixas diminuem a evapotranspiração, favorecendo o aumento da umidade do solo, positivo para as operações de campo.
Em Goiás, após um início de mês seco, as chuvas voltaram a aparecer. Até 24 de outubro, a precipitação acumulada foi de 100 mm, acima da média para o período (74,3 mm). Os dois modelos climáticos preveem mais chuvas para o curto prazo. A umidade deve continuar acima da média, positiva ao desenvolvimento das lavouras de verão.
Já no Mato Grosso do Sul, mesmo com maiores volumes de chuvas em outubro, a umidade do solo permanece abaixo da média, mas ainda assim houve aumento da umidade em comparação com os níveis registrados em setembro.
No Paraná, a umidade do solo está abaixo da média em uma faixa que se estende do oeste ao norte do estado e, apesar de chuvas pontuais, deverá continuar da mesma forma, indicando a necessidade de mais chuvas no curto prazo para as lavouras de verão.
No Rio Grande do Sul, apesar de a segunda semana de outubro ter sido marcada por alta precipitação, o volume de chuvas na reta final do ciclo do trigo está muito abaixo do registrado em 2023, quando o excesso de chuvas impactou a qualidade e a produtividade do cereal.
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