O percentual de famílias endividadas em Cuiabá, no mês de abril, atingiu 72,1% contra 72,6% verificado no mês anterior, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT).
Segundo o IPF/MT, os dados atuais estão menores que a média nacional, que bateu mais um recorde no mês, atingindo 77,7% das famílias. O principal tipo de dívida das famílias cuiabanas continua sendo o cartão de crédito (78,8%), seguido dos carnês e boletos (30,7%).
A pesquisa revela ainda, que as famílias que ganham mais de 10 salários-mínimos ainda são os mais endividados e os que ganham menos de 10 s.m. estão encontrando mais dificuldades para pagar as contas.
Leia também: Cuiabano trabalhou 16 dias em abril para pagar por uma cesta básica
Para o superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, a queda do índice no mês demonstra otimismo. “Além de os cuiabanos estarem conseguindo honrar suas dívidas, presenciamos mais uma queda mensal no número de famílias inadimplentes, que já atingiu os menores patamares da pesquisa desde o período pré-pandêmico”, destacou o superintendente.
O número de endividados com contas em atraso saiu de 64.035 pessoas em abril de 2021 para 61.229 pessoas em abril 2022, ou seja, uma queda de 4,38%, o que indica que mais famílias conseguiram regularizar as contas em um período de um ano. O mesmo caso ocorreu nas que diziam não ter condições de pagar as contas em atraso, que passou de 19.450 em abril de 2021 para 13.202 neste ano, uma queda de 32,1% no mesmo período.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, também reforça o otimismo da quitação das dívidas das famílias cuiabanas, ocasionada pelo aumento na geração de empregos no período. “Estamos abaixo da média nacional no índice de endividamento e inadimplência dos consumidores, o que demostra que a nossa Capital está em um caminho reverso do País. Isso está associado com novos empregos sendo gerados e, consequentemente, mais renda para as famílias quitarem suas contas em atraso”, acrescentou.