A alta de preços dos materiais utilizados em obras e reformas pressiona o bolso dos consumidores. Apesar da crise econômica da pandemia, o setor de construção civil tem se mostrado aquecido. O custo dos produtos aos lojistas e consumidores têm aumentado bastante nas fábricas, com a forte elevação dos insumos, incluindo ferro, cimento, areia e demais materiais básicos utilizados nas obras.
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 2,3% em junho deste ano. A taxa é superior ao 1,8% do mês anterior e a maior desde 2013.
Com o resultado, o INCC-M acumula taxas de inflação de 9,38% no ano e de 16,88% em 12 meses. Na prática, a inflação é muito maior em alguns produtos que já chegam a custar mais que o dobro do valor praticado antes da pandemia, como o aço, por exemplo, que subiu cerca de 110%.
A indústria produtora de materiais para construção está bem aquecida, ocorrendo até demora no prazo para a entrega dos pedidos das lojas, devido à demanda aquecida e falta de material no mercado. A instabilidade econômica e a variação do real frente ao dólar afetaram diretamente na compra de insumos e de matéria prima
Empresários com boas expectativas
O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 5,2 pontos de maio para junho deste ano e chegou a 92,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. É o maior patamar desde janeiro deste ano (92,5 pontos), conforme noticiado pelo MT Econômico anteriormente neste link.
A queda na taxa de juros dos financiamentos ajudou o setor a vender mais imóveis. Anteriormente, o crédito imobiliário estava no patamar de 11% ao ano e reduziu para a média de 6% ao ano, com a queda da Selic, que é a taxa básica de referência para as demais linhas de crédito no mercado.
De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no comparativo com o último trimestre de 2020, as vendas de imóveis cresceram 27,1%.