Se você gasta mais do que ganha e fica no vermelho com freqüência, aprenda dicas de como dar um basta nessa situação e dar um alívio para seu bolso.
Montando um orçamento
Compreenda a importância do orçamento. Estabelecê-lo e ater-se a ele o ajudará a cortar gastos, reduzir dívidas e economizar para poder se manter no futuro. O estabelecimento de um orçamento o forçará a categorizar os gastos em necessidades e desejos para que identifique os pontos onde pode poupar. Além disso, você avaliará o que realmente pode bancar de acordo com a renda e os gastos fixos atuais. Saber quanto exatamente tem para gastar por mês ajuda a priorizar os despesas e evitar excessos. Além disso, evite pagar as contas com cartões de crédito, pois os juros são altos e apenas aumentam as dívidas.
Calcule a renda mensal
O processo varia um pouco de acordo com o tipo de pagamento. Quem recebe salários fixos semanais, mensais ou em outros prazos específicos terá facilidade; se é pago de acordo com as horas trabalhadas ou tem um salário que varia muito, a determinação da renda mensal média pode ser um pouco mais complicada.
Se recebe um salário fixo, identifique quantas vezes é pago por mês e multiplique o número pelo valor do próximo pagamento para determinar a renda mensal. Por exemplo, caso a regularidade dos pagamentos seja bissemanal, você recebe a cada duas semanas e deve multiplicar o valor dos pagamentos por dois: se o valor líquido por pagamento é de R$1250 a renda mensal é de R$2500 (1250 x 2 = 2500).
Se recebe bissemanalmente, você recebe 26 contracheques ao ano, pois dois meses do ano terão três pagamentos. Identifique-os para incluir o pagamento extra na média mensal.
Se recebe bimensalmente, você recebe dois pagamentos ao mês, independentemente da duração deles, resultando em 24 contracheques ao ano.
Se recebe por hora ou tem uma renda irregular, consulte os últimos seis meses de pagamentos.
Descubra quanto recebe em média por mês. Por exemplo, digamos que nos últimos seis meses tenha recebido R$2500, R$3000, R$2000, R$1800, R$3200 e R$2700. Some os valores para encontrar o total (R$15200); divida-o por seis para encontrar a média salarial (R$15200 / 6 = R$2533).
Identifique as dívidas mensais
Determine os pagamentos mensais recorrentes como financiamentos (residenciais, veiculares e estudantis) e cartões de créditos. Identifique o valor mínimo de pagamento do cartão para utilizá-lo como base para o orçamento; se conseguiu se controlar e parou de fazer compras no crédito, é provável que o valor permaneça relativamente estável. Caso seja dependente do cartão, a criação do orçamento o ajudará a não se enfiar em dividas.
Identifique as despesas mensais recorrentes
Descubra quanto gasta todos os meses além dos financiamentos e cartões de crédito. Despesas com a casa (como contas essenciais e compra de produtos), transporte, roupas e contas supérfluas (como as de celular e TV a cabo) são alguns dos possíveis gastos. Separe-os em categorias detalhadas de modo que o orçamento faça sentido. Por exemplo, algumas pessoas ficam confortáveis reunindo todas as constas essenciais em um único item, enquanto outras preferem dividi-las em categorias como energia, água e gás.
Se não sabe quanto exatamente gasta por mês com algum dos itens citados, monitore as despesas por algumas semanas.
Avalie a situação
Subtraia as dívidas e as despesas mensais (além de outros gastos recorrentes) da renda mensal. Se o resultado for positivo, você gasta de acordo com o que recebe — mas isso não significa que não é capaz de economizar mais — e tem a oportunidade de investir um pouco da renda extra para o futuro. Se o resultado for negativo, algo precisa mudar; avalie os gastos e encontre um meio de parar de gastar além do que ganha.
Faça os ajustes necessários. Se está gastando demais, confira as despesas para encontrar onde economizar. Esta é a hora onde a categorização mais detalhada das despesas é útil. Além de separar as necessidades dos desejos, você conseguirá identificar para onde está indo a maior parte da renda.
Nem sempre é possível ajustar algumas coisas. Despesas como aluguel ou financiamento imobiliário costumam ser fixas e difíceis de se alterar no curto prazo.
Por outro lado, existem diversas áreas onde é possível controlar os gastos. Uma boa ideia é conferir o quanto gasta com comida e, se for o caso, passar a comer mais em casa do que fora.
Esforce-se para quitar dívidas. Se conseguir reduzir as despesas com compras, TV, celular e roupas, você poderá acelerar a quitação das dívidas do cartão de crédito, por exemplo.
Economize o máximo possível. Planeje-se bem para criar um fundo de segurança. Ter um dinheirinho guardado o ajudará a pagar despesas inesperadas sem precisar usar o cartão de crédito ou o limite.
Monitore os gastos
Separe uma hora na semana para fazer uma revisão orçamentária; agora que já se esforçou e organizou as finanças, será mais fácil manter a organização e monitorar o progresso. Discipline-se quanto ao controle do orçamento e com certeza evitará os gastos desnecessários. Além de parar de viver um mês de cada vez, você poderá economizar e planejar as finanças no longo prazo.