Na reunião realizada neste domingo (06) entre a diretoria da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e representantes da Federação Europeia dos Fabricantes de Rações (Fefac), Federação Europeia de Óleo Vegetal e Proteínas (Fediol) e a Iniciativa para Comércio Sustentável (IDH) ficaram definidas as próximas estratégias do Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês).
O MoU foi assinado com a União Europeia em janeiro de 2017, em Portugal, e reconheceu o programa de melhoria contínua em propriedades rurais de Mato Grosso, o Soja Plus, como o “passaporte” de uma soja produzida com sustentabilidade no Brasil.
Pela Aprosoja, estavam presentes no encontro de domingo o presidente, Antonio Galvan; o vice-presidente oeste, Diogo Rutilli; o 2º vice-presidente sul, Jorge Giacomelli, o 2º vice-presidente norte e coordenador da Comissão de Pesquisa e Gestão, Gilberto Eberhardt, o diretor executivo, Wellington Andrade, e o diretor técnico Wanderlei Guerra. A reunião começou com a apresentação de cada entidade sobre suas visões da produção, mercado de soja e novas estratégias para a parceria com a União Europeia.
Dentre as novas estratégias propostas pela Aprosoja, está o pagamento no mercado europeu de valor adicional ao agricultor pela soja produzida dentro das propriedades participantes do Soja Plus, a possibilidade de emissão de um selo Soja Plus pela própria associação, atestando as adequações das propriedades participantes do programa, e também um novo formato na classificação dos grãos.
“Sabemos que na Europa há consumidores e alguns grandes varejistas já dispostos a pagar um valor adicional por essa soja produzida com sustentabilidade. E, nesse contexto, o Soja Plus se encaixa como uma ferramenta para acesso a esses consumidores e, consequentemente, com um valor agregado aos nossos produtores”, explica Antonio Galvan.
Sobre classificação de grãos, o presidente da Aprosoja afirma que precisa haver modificações. “Entendemos que um novo formato deve ser implementado, por meio de avaliação de teor de proteína e óleo, ao invés de qualidade física do grão. Por isso estamos iniciando essa conversa”, completa.
Programação – A programação de reuniões com os representantes da União Europeia continua hoje. Nesta segunda-feira (07), o Comitê Diretor do MoU se reuniu para avaliar as ações em andamento e as que foram feitas até o momento, bem como definir os próximos passos. Representantes da Associação Brasileira de Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) estiveram presentes. Também ficaram alinhados os temas chaves para os membros do MoU.
Na terça-feira (08), a agenda continua, porém, voltada para uma discussão mais técnica. Dentre os temas, estarão o projeto de co-funding, que é o recurso que o IDH tem aportado para a Aprosoja com foco no Soja Plus; o prêmio Soja Plus, proposto pela Aprosoja; modelos da cadeia de suprimentos e conceitos de áreas de originação.
A agenda termina na quarta-feira (09), com uma visita em uma propriedade rural, em Campo Verde, que aderiu ao Soja Plus. Os representantes das federações europeias poderão constatar in loco como funciona o programa na prática.