A ciência está trabalhando muito mais nos últimos tempos para encontrar respostas eficazes para solucionar a crise energética global. Já temos em desenvolvimento novas propostas para energia nuclear, energia eólica, energia ondomotriz e também, é claro, energia por células solares. Por exemplo, recentemente, foi apresentado ao mercado renovável a ideia de placas capazes de captar muito mais luz. Elas teriam 10 mil vezes menos espessura que os painéis solares convencionais.
Uma célula solar convencional é feita à base de silício. Alguns pesquisadores já fizeram propostas de substituição do material por chumbo em soldas e até medicamentos de venda livre para estômago, pode acreditar. Não muito noticiamos a incrível notícia ainda de equipe brasileira que propôs usar a casca e líquido da castanha de caju.
Agora a nova proposta dos cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, é usar o sulfeto de bismuto de sódio, não tóxico e em abundância na terra para uso comercial. O mesmo poderia ser cultivado na forma de nanocristais. Depois, eles seriam espalhados em uma solução para realizar filmes de 30 nanômetros de espessura.
Principais vantagens encontradas no bismuto de sódio:
- Ser forte e nítido na absorção de energia solar.
- Absorver a luz com mais força do que as tecnologias convencionais de células solares.
- Poder ser impresso por meio de uma tinta.
- Potencial para produzir célula solar mais leve, que poderia ser mais facilmente transportada ou utilizada em aplicações aeroespaciais.
- E durabilidade a longo prazo, algo essencial para células solares.
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Por que absorve mais energia solar?
Durante investigação em laboratório, os cientistas perceberam que o novo modelo de placa solar se manteve estável no ar ambiente durante todo o tempo do estudo, que durou quase um ano, sem precisar de encapsulamento, o que se assemelha a outros novos materiais fotovoltaicos, como as perovskitas de haleto de chumbo. Os fatores que determinam isso são a desordem cristalina e o papel do sódio.
O interessante é que o comportamento dos íons, nesse caso, resulta em uma estrutura cristalina que se parece demais com o que acontece com o cloreto de sódio, ou sal de cozinha. A diferença entre eles estaria na capacidade de distribuição pelo material. A não-homogeneidade seria um efeito importante na intensidade de absorção! Se você estiver se perguntando ainda sobre o sódio, não, ele não contribuiria bem para os estados eletrônicos do semicondutor. (Fonte: Engenharia 360)
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