O preço da cesta básica, em Cuiabá, tem registrado forte elevação nas duas primeiras semanas do mês, acumulando no período alta de 4,46%, ou de, R$ 31,20. Com essa majoração em um curto intervalo de tempo, o conjunto de alimentos está custando em média, R$ 730,57, segundo Boletim da Cesta Básica, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT).
No acumulado do mês, a alta dos alimentos, considerados essenciais para a subsistência de uma família de até quatro pessoas foi impulsionada, principalmente, pelo tomate, que apresentou alta de 15,73% na semana e já chega a 48,01% no mês.
Para o diretor de Pesquisas do IPF/MT e superintendente da Federação, Igor Cunha, a forte variação no preço do item pode estar relacionada à desaceleração da colheita da safra. “A aceleração da colheita do tomate antes do período chuvoso foi um dos fatores que refletiram na redução da oferta do produto no atacado, o que gerou um aumento em seu valor nos supermercados”.
Outro item que também apresentou variação positiva no preço foi a batata, com aumento de 4,13% no comparativo semanal, acumulando, ainda, a quinta semana de alta consecutiva em seu valor, um crescimento de 32,56% no período.
Ao todo, sete dos 13 itens apresentaram variação positiva na semana. A banana também registra aumento em seu valor, de 3,85% em comparação com a semana anterior e uma variação nominal de R$ 3,18, também provocada pela baixa oferta do produto.
Ainda assim, Igor Cunha explica que outros itens em queda ajudam a equilibrar as despesas com a alimentação familiar. “Mesmo com o crescimento no valor total da cesta, produtos como o açúcar e o óleo de soja, apresentam queda na comparação semanal, esses itens em conjunto com a queda do arroz e feijão podem facilitar a organização da renda e as escolhas dos consumidores”.
O leite registra sua décima primeira queda em seu valor, com variação acumulada de -19,80% nesse período. O arroz, assim como o feijão, também demonstra queda em seu preço, sendo esses itens de grande importância para a alimentação.
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PELO PAÍS – O valor médio da cesta básica de alimentos de setembro reduziu em relação ao mês anterior em quatro das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. A queda no valor da cesta variou de -2,3% a -0,8% e nas quatro cidades onde houve aumento, as variações foram de 0,1% a 5,5%. As cidades que registram as maiores altas foram Belo Horizonte (5,5%) e Brasília (3,6%). Já São Paulo e Salvador apresentaram as maiores quedas, com -2,3% e -2,1%, respectivamente. A cesta mais cara, apesar de queda em relação ao mês anterior, continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 878,14), seguida pelas de São Paulo (R$ 868,20) e Fortaleza (R$ 795,10). Por outro lado, as capitais de Belo Horizonte (R$ 670,55), Manaus (R$ 679,85) e Curitiba (R$ 726,75) registraram os menores valores.
Dos 18 produtos da cesta básica, três apresentaram aumento de preço em todas as capitais: frutas, farinha de mandioca e massas alimentícias. Por outro lado, o óleo de soja apresentou queda em todas as cidades pesquisadas. Outros produtos que apresentaram altas expressivas em diversas capitais foram legumes (em especial, acebola), pão, ovos, dentre outros.
O destaque de alta no mês foram as frutas, que somente em Belo Horizonte apresentaram um aumento de 21,5%, acompanhado de alta em outras capitais. Após dois meses de queda, o preço dos legumes voltou a subir, impulsionado, principalmente, pela cebola, em virtude da redução da oferta da produção nordestina do produto. O preço das massas e do pão tem sido impactado continuamente, em virtude do aumento internacional do trigo, decorrente da guerra entre Ucrânia e Rússia, que são grandes exportadores do produto.
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