Maio vai se firmando como um período de queda sobre o valor médio da cesta básica em Cuiabá. O mês não encerrou ainda, mas a média de valores apurados a cada semana, aponta deflação de pouco mais de R$ 16.
Conforme monitoramento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) o indicador da cesta básica cuiabana na quarta semana de maio registrou o terceiro recuo consecutivo de preços, totalizando -2,1% no período. A diminuição no preço do mantimento cobrado na Capital do Estado já chega a R$16,16, passando de R$ 769,97 verificado na segunda semana de maio para os atuais R$ 753,81.
Já a variação entre a terceira e quarta semana do mês foi de -1,26%, puxada, mais uma vez, pela forte queda no preço do tomate, de -10,12%. Apenas quatro itens da cesta apresentaram variação positiva na semana, com destaque para o pão francês, que subiu 1,86% e uma variação nominal de R$ 2.
O superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, também destaca a queda em nove dos 13 itens que compõem a cesta na Capital. “O recuo na grande maioria dos produtos favorece o consumo das famílias cuiabanas, já que mantém boa parte da composição do mantimento em baixa”.
Leia também: Redução de quase R$ 7 não deixa cesta básica cuiabana mais barata em relação a 2022
Segundo análise do IPF/MT, a redução no preço do tomate, que segue em tendência de queda pela segunda vez consecutiva e acumula recuo de 18,5% no período, pode estar atrelado ao intenso ritmo de colheita nas lavouras, que acarretam um maior volume do produto no mercado. Além disso, o aumento de variedades do fruto favorece a retração de preço.
Já com relação ao aumento no preço do pão francês, que registrou seu maior valor médio desde novembro de 2022, de R$ 18,21/kg, tem sofrido com uma expectativa de baixa produção de trigo neste ano, elevando suas cotações no mercado internacional, de modo a encarecer os custos para produzir a farinha e, consequentemente, o pão. Os conflitos entre Rússia e Ucrânia ainda podem impactar na cadeia mundial do trigo.
ANUAL – No entanto, o conjunto de alimentos básicos ainda se encontra com valor 8,42% acima do observado no mesmo período de 2022, quando custava R$ 695,25. Cunha também esclarece que “mesmo com as quedas semanais observadas em maio, a cesta básica se mostra em alta e mantém patamar superior a R$ 700, teto rompido em outubro de 2022”.