A cesta básica de Cuiabá é a mais cara do Centro-Oeste (R$ 613,89), superando Campo Grande (R$ 609,33), Brasília (R$ 594,59) e Goiânia (R$ 565,40). Em âmbito nacional, depois de alguns meses em estabilidade, na sétima posição do País, a cesta básica de Cuiabá passou a sexta mais cara entre as capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ao atingir preço médio de R$ 613,89 em agosto. Na comparação anual há incremento de 17% sobre o preço médio de R$ 523,60, apurado em igual mês do ano passado.
No ranking nacional, estão a frente da capital de Mato Grosso, Porto Alegre R$ 664,67, com o maior valor do período, seguida por Florianópolis, R$ 659, São Paulo, R$ 650,50, Rio de Janeiro, R$ 634,18 e a Vitória, R$ 618,96.
O cuiabano segue despendendo mais da metade do valor do salário mínimo bruto, R$ 1.100, para aquisição da cesta básica. Em agosto foram necessários mais de 55% do piso nacional.
Desde janeiro de 2016, o Diesse suspendeu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na capital mato-grossense, avaliação mensal que vem sendo realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No entanto, o Imea alterou a forma de divulgação dos preços da cesta básica e por isso não é possível saber quais alimentos contribuíram para o avanço anual do preço.
O Imea mostra apenas que na passagem de julho para agosto houve alta de 1,56% sobre a média da cesta, que passou de R$ 604,44 para R$ 613,89.
O conjunto de alimentos é formado por 13 itens básicos que são suficientes para alimentação de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, por 30 dias.
NO PAÍS – O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 13 cidades e diminuiu em quatro, de acordo com o Dieese, em 17 capitais. Ao comparar agosto de 2020 a agosto de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento.
Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, o que corresponde a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em julho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.518,79, ou 5,02 vezes o piso em vigor.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em agosto, ficou em 113 horas e 49 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em julho, quando foi de 113 horas e 19 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 55,93% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 55,68%.
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