Com o tempo mais firme e sem chuva, a colheita de soja ganhou ritmo acelerado e o volume de grãos deverá ser recorde nesta temporada. Só que os produtores ficam apreensivos visto que, a mesma condição de tempo seco que favorece os trabalhos das colheitadeiras começa a colocar em risco o desenvolvimento das áreas que ainda não estão maduras.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Campo Verde, Gladir Tomazelli, algumas áreas não recebem chuvas há cerca de duas semanas.
Janeiro como está sendo um mês bastante úmido e a falta de precipitações coloca em dúvida o potencial de produtividade de diversas lavouras.
No início desta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua previsão para a safra nacional de soja em 2016/17, para um recorde de 103,8 milhões de toneladas, alta de mais de 1,3 milhão de toneladas ante o relatório de dezembro. Cerca de 250 mil toneladas a mais foram previstas para a safra de Mato Grosso, que deverá atingir 29,1 milhões de toneladas, de acordo com o levantamento da Conab.
De acordo com a Somar Meteorologia disse que na próxima semana "chuvas voltam com mais força sobre o Mato Grosso, especialmente sobre o centro-norte do Estado". Há a previsão de chuvas em forma de pancadas, que mantêm a umidade do solo, mas não interrompem prolongadamente os trabalhos de colheita.
"As condições se manterão favoráveis tanto ao desenvolvimento das lavouras quanto à realização dos tratos culturais, como a colheita da soja e o posterior plantio do algodão e do milho segunda safra", projetou o meteorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima.