Independente do cenário de instabilidade e crise político-econômica que afetou o país em 2018, corretores de imóveis – e empreendimentos – desdobraram-se para superar suas metas de venda em prol de cativar o cliente e fechar um bom negócio. Em Mato Grosso, esse quadro não foi diferente e as perspectivas para 2019 já animam o setor imobiliário.
Para a corretora de imóveis Dalcy Santana, da BC Genera, o segredo para driblar qualquer obstáculo pode ser traduzido em alguns fatores: atenção, informação – respostas na ponta da língua – e tempo para esclarecer todas as dúvidas do cliente e deixá-lo seguro com a transação. Dalcy pondera que, particularmente, em 2018, as pessoas miraram numa boa rentabilidade em curto prazo – a clareza de que estariam fazendo um bom negócio em um bom momento tendo em vista o cenário nacional como um todo.
“O mercado é muito emocional – muda o tempo todo – e é influenciado por diversos aspectos. Um exemplo disso foi a última eleição presidencial que provocou alterações no cenário. Mas, para além dessa questão, é preciso entender o que o cliente busca. Isto engloba respostas prontas, otimização de seu tempo para compreender as vantagens e/ou desvantagens de cada negociação e a praticidade em relação à esclarecer as funcionalidades/diferencias do empreendimento almejado”, ressalta.
Neste viés, Dalcy reforça que conhecer bem o produto a ser oferecido é primordial para fechar um negócio – ou seja, para transformar a curiosidade em interesse e, na sequência, converter em venda. A corretora de imóveis acredita que, em 2019, a inovação também será outra peça-chave nessa jornada e pontua que valor é diferente de preço: ele é o resultado de uma negociação positiva somada ao atendimento e diferencias do empreendimento a ser comercializado.
O MT Econômico traz 10 dicas para você se atentar antes de comprar um imóvel:
1- Decida-se pela região onde quer morar e, principalmente, quanto pretende e pode gastar com a compra do imóvel. Leve em conta as necessidades futuras da família;
2- Escolha o tipo de imóvel que pretende adquirir: usado, novo ou na planta. Pense na metragem ideal, se quer casa ou apartamento (andar baixo ou alto, de frente, de fundo ou tanto faz), número de vagas de garagem, com ou sem varanda, ampla ou nenhuma área de lazer (piscina, salão de festas, jogos). Se escolher condomínio, pense até quanto pretende ou pode pagar de taxa de rateio de despesas;
3- Faça as contas e pense na melhor forma de financiamento: com banco ou parcelado com a construtora durante o período de obras? Pretende usar recursos do FGTS? Se o imóvel for novo ou usado, há sempre a opção de obter financiamento bancário (os sites de vários bancos oferecem simuladores das parcelas do financiamento). Caso disponha de uma boa reserva financeira – ou algum bem que possa ser vendido, como carro – é possível utilizá-la na entrada da compra do imóvel;
4- Decidido, visite o local escolhido e verifique quais empreendimentos existem no entorno. Aproveite e analise a infraestrutura disponível na região, bem como os serviços oferecidos, como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas de ônibus próximos, parques. Visite o empreendimento durante o dia e à noite. Não tenha pressa. Vá a estandes de vendas, visite decorados e converse com corretores. Depois de percorrer a área escolhida, não tenha medo de expandir horizontes e procurar imóveis em bairros próximos. A internet também é uma ótima opção para as buscas. Visite sites especializados na venda de casas e apartamentos.
5- Ao optar pela compra de um usado, seja firme com o corretor quanto às definições do tipo de casa almejada. Peça informações a ele antes de marcar a visita. Se estiver fora das suas especificações, não vá. Evite também ficar nas mãos de muitos profissionais;
6- Se o imóvel for novo ou na planta, usualmente o valor da comissão é cobrado separadamente do preço. Se o imóvel for usado, a comissão é paga pelo vendedor, mas saiba que caberá a você o pagamento da comissão proporcional ao valor do seu imóvel dado como parte do pagamento. Nesse momento é importante não se envolver emocionalmente com o dono do imóvel que vai comprar. Deixe que o corretor negocie.
7- Na hora de apresentar uma proposta, ponha-se no lugar do vendedor. Evite propostas absurdas, como descontos elevados, por exemplo. Se ele aceitar, deve haver algo errado. Certifique-se do que está e do que não está incluído no valor e converse abertamente, evitando constrangimentos futuros. Questione sobre aquilo que não entender e exija respostas claras e precisas. Muita atenção com os documentos do imóvel e do proprietário, que devem preferencialmente ser analisados por um advogado de confiança.
8- Ao escolher comprar a sua casa própria na planta, pesquise a história e a atuação da empresa construtora/incorporadora e, se possível, visite uma obra já entregue por ela. Peça uma cópia do registro da incorporação ao corretor antes de assinar o contrato de compra e venda. Consulte o que diz a Lei 4.591/64 (Condomínios e Incorporações) e submeta-a a um advogado conhecido. Apesar de conterem basicamente as mesmas cláusulas, não é demais a análise de um especialista em mercado imobiliário. Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o serviço em seus sites.
9- Programe-se. Os valores das prestações pagas durante o período da construção do empreendimento podem ser diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor. Atenção: até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo INCC ou CUB. Após a entrega das chaves, você terá a opção de quitar a dívida, usar os recursos do FGTS para amortizar parte do valor – caso seja a aquisição do primeiro imóvel – e financiar o restante com o banco. Há taxas atrativas e prazos longos disponíveis no mercado. O fundamental, no entanto, é que a parcela – fixa ou reajustável – caiba no bolso.
10- Após a liberação do financiamento, a assinatura da escritura do imóvel e a entrega das chaves, o comprador tem de pagar o ITBI à Prefeitura e as taxas de registro cartorárias. Juntas, elas correspondem a aproximadamente 4% do valor de compra do imóvel. Programe-se e faça uma reserva financeira. Nunca deixe de registrar sua escritura no Registro de Imóveis, mesmo que não tenha contratado financiamento. Mais: quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são diferentes para os vários componentes.