Benefícios fiscais, facilidade de aquisição e calor tornam Cuiabá líder em instalação de placas solares. Já são mais de 14 meses em que a capital mato-grossense se mantém em 1º lugar no ranking de cidades que mais produz energia solar por Geração Distribuída (GD) no Brasil, com uma produção superior de 125 megawatts (MW) de potência instalada.
Os dados são do mês de junho e divulgado neste mês pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para o presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia), Tiago Vianna, os dados são muito promissores e colocam Cuiabá e, consequentemente, Mato Grosso, em destaque dentro do mercado fotovoltaico brasileiro.
“São 14 meses à frente neste ranking, com uma produção de energia limpa que está em crescimento exponencial. Isso tem chamado à atenção de investidores para nossa a região, o que é muito positivo e bem visto”, declarou Viana.
Em Cuiabá, a potência instalada de energia GD é de 125,8 MW e é seguida no ranking por Teresina (PI), com 116,8 MW e Brasília (DF) que está em terceiro lugar com uma produção de 115,9 MW. A primeira vez que a capital mato-grossense assumiu a primeira posição entre os municípios foi em dezembro de 2021, com 51,6 MW de potência instalada.
Em janeiro de 2022, subiu para 53,0 MW, em fevereiro para 58,8 MW. Já em março e abril, Cuiabá ocupou a segunda posição com 61,5 MW e 65,3 MW, respectivamente. Nesta época, o primeiro lugar era ocupado por Brasília, com 64,8 MW e 66,0 MW. Já em maio de 2022, Cuiabá voltou ao pódio, de onde segue invicta.
A geração distribuída é um sistema de microgeração (até 75 KW) e minigeração (acima de 75 KW até 5MW) distribuída solar fotovoltaica implantados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. “A procura por essa fonte de energia, além de ser renovável e limpa, aumentou consideravelmente nos últimos anos, principalmente, como forma de redução de gastos e economia na conta de energia elétrica com altas constantes nas tarifas”, comentou Tiago.
ESTADOS – No ranking dos estados, Mato Grosso é o quarto que mais produz energia solar no País, com uma produção de 744,6 MW, atrás apenas de Minas Gerais, na liderança com 1.839,6 MW, São Paulo em segundo lugar com 1.500,9 MW e Rio Grande do Sul em terceiro com 1.313,3 MW. “Se analisarmos, desses estados, somos o que mais tem possibilidade, em termos territoriais de expandir a produção”, comentou o presidente do Sindenergia.
DADOS NACIONAIS – O levantamento da Absolar ainda mostra que o Brasil produziu mais de 16,4 gigawatts (GW) de potência operacional a partir da energia solar. Isso representou mais de R$ 87,1 bilhões de novos investimentos e mais de 492,4 mil novos empregos gerados no mercado fotovoltaico. Outro dado é que foram mais de R$ 23,5 bilhões arrecadados em tributos e mais de 24,6 milhões de toneladas de gás carbônico que não foram para a atmosfera.
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