Com a expectativa que Mato Grosso feche a colheita de cana-de-açúcar em cerca de 16 milhões de toneladas e 1 milhão de tonelada de milho na safra 2017/2018, representantes do grupo empresarial composto 11 indústrias participaram na última quinta e sexta-feira (08 e 09), em Cuiabá, do 7º Encontro Sucronergético Estadual.
O evento também reuniu trabalhadores da área e empresas especializadas para troca de experiências e informações. Ao todo, serão realizadas 14 palestras voltadas às melhores práticas do setor no campo e na indústria, com apresentação de cases de sucesso pelos participantes.
Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindalcool), Silvio Rangel, a proposta é ter um setor unido para enfrentar as adversidades e evitar a estagnação sofrida ao longo de quase dez anos em razão da política econômica anterior do governo federal.
“Apesar de um recente período próspero, ainda temos grandes desafios, entre eles, estar longe dos grandes centros, o que encarece a nossa manutenção e eleva os custos. Além disso, temos um gargalo no transporte para o escoamento da nossa produção. São 1,7 mil km até Paulínia (SP) que é hoje o principal centro de distribuição brasileiro”, avaliou o gestor.
Capacitação de mão de obra, acesso a novas tecnologias que permitam possiblidades para as usinas obterem redução de custos e aumento de produtividade e eficiência energética. Estes são objetivos que o Encontro se propõe, de modo a fomentar o aquecimento da economia como um todo, geração de novos postos de trabalho e de renda à população. “A implementação do RenovaBio pelo governo federal no final do ano que vem, também já está contribuindo com este fortalecimento”, acrescentou Rangel.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone Júnior, que participou da abertura do evento, disse que o governo pretende contribuir com o setor. Uma das preocupações é a previsão de excesso de produção, que deve crescer de 200 milhões de litros de etanol para 600 milhões de litros no ano que vem. “A equipe do governo está discutindo uma forma de favorecer o escoamento para outros estados com uma mudança de tributação que ofereça melhor competitividade ao nosso etanol no país”.
A diretora regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), Lélia Brun, ressaltou que a proposta da entidade é expandir a parceria, gerando cada vez mais transferência de tecnologias para a expansão do setor sucroenergético. Ela frisou que é possível buscar novas ideias ao acessar a rede nacional e internacional do Senai. “Temos 18 áreas de transferências tecnológicas para focar na melhor competitividade das indústrias e assim atrair inovações ao segmento”.