A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT) em parceria com a empresa Eutectic Castolin realizaram o 5º Encontro sucronergético na última sexta-feira (06.05) na sede da FIEMT em Cuiabá. Na oportunidade, técnicos e gerentes industriais das usinas produtoras de açúcar, cana, álcool e milho de Mato Grosso, se reuniram para debater, adquirir novos conhecimentos do setor e apresentar “cases” de sucesso de tudo o que há de novidade no mercado.
Várias indústrias e empresas fornecedoras de serviços de manutenção e equipamentos do ramo apresentaram seus produtos em estandes e foram expostas todas as novidades em máquinas e peças que movimentam o segmento. Foram realizadas também orientações técnicas quanto as novas tecnologias adotadas no processo industrial e ao manuseio da cana de açúcar e do milho.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool), Jorge dos Santos, Mato Grosso conta com dez unidades produtoras de cana de açúcar e o estado gera mais de 16 mil empregos diretos e 48 mil indiretos. Mato Grosso colhe 17 milhões de toneladas de cana no período de safra entre os meses de abril e novembro. O estado produz 1,2 bilhões de litros de etanol em cada safra e 330 mil toneladas de açúcar por colheita, informou Santos.
Jorge dos Santos informou ao site Mato Grosso Econômico que algumas empresas já estão gerando cooeletricidade por meio do bagaço da cana, por conta disso o setor está mudando sua denominação de sucroalcooleiro para sucroenergético. No setor sucrooalcooleiros são três agentes, os postos de combustíveis, as unidades produtoras e distribuidoras. O valor do litro de etanol revendido para as distribuidoras é de R$ 2. “Nesse valor está inclusa toda a carga tributária, quando o produto chega ao posto de combustível, o proprietário por sua vez acrescenta sua margem de lucro e é repassada ao consumidor final”, explicou Jorge. Esse evento tem como ideia democratizar tudo o que aconteceu de avanço no setor sucroenergético mato-grossense”, destacou.
Norma Regulamentadora – NR12
Na oportunidade, também foi realizado um seminário sobre a norma que trata da segurança dos operadores das máquinas e equipamentos das usinas, a NR 12. A palestra visou alertar aos gestores quanto às questões legais e sanções previstas às indústrias que ainda não se adequaram à normativa e também foi apresentado um portfólio com os demais serviços de tecnologia e inovação aos participantes.
O engenheiro mecânico, Luíz Marcos Guimarães, um dos participantes do encontro, disse que é uma oportunidade de conhecer novas evoluções e tendências do setor. “Aqui vou adquirir muita informação e para minha área de formação é de suma importância esse evento. Tem expositores com motores à prova de explosão”, ressaltou Luís que trabalha em uma indústria no setor de cimentos e mineração em Cuiabá.
O gerente industrial da Usina Coprodia de Açúcar e etanol de Campo Novo do Parecis, Jean Claude Neves, ministrou uma palestra sobre a retirada de impurezas no processo de moagem da cana. Ele informou que será implantada uma planta de operação de milho em breve em Mato Grosso. “Aqui é uma união dos gerentes dos setores produtivos tanto da cana quanto do milho e é uma oportunidade de troca de informações”, disse.
O especialista em aplicações, Sérgio Lessa de Oliveira, da empresa Castolin Eutectic do Brasil, empresa organizadora do evento e produtora de equipamentos para soldagens de equipamentos do setor sucroalcooleiro, ressaltou que o evento é um grande contribuinte quanto às dificuldades encontradas na perda de produção das safras de cana e milho no estado. “Por conta da mecanização de quase 100% da plantas aumenta muito a dificuldade em manter os equipamentos completamente ativos e com as paradas das máquinas, o setor acaba com muito prejuízo quanto à produção de cana. Viemos informar aos nossos parceiros e clientes tudo o que existe de alta tecnologia para que não ocorram perdas de produção com freqüência nas unidades produtoras e para que reduzam seu consumo de energia na mecanização também”, disse Sérgio.
A empresa Eutectic Castolin com matriz em São Paulo atua em todo o setor sucroenergético com destaque na linha de revestimentos contra abrasão precoce na colheita da cana de açúcar e da soja, produz equipamentos para soldagem e também trabalha com a linha de robótica. “A automação industrial vem tomando conta do mercado por conta da insalubridade do profissional, “Hoje contamos com um equipamento 100% automatizado em um processo de moagem, por conta da eficiência e controle as perdas são mínimas, gerando maior lucratividade”, informou o especialista em aplicações.
O evento teve um balanço positivo e agregou valor aos participantes com a troca de informações para melhorar cada vez mais a produtividade do setor sucroenergético de Mato Grosso.
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