Está cada vez mais difícil encontrar o litro da gasolina comum abaixo dos R$ 5 em postos localizados em Cuiabá e Várzea Grande. Em um intervalo de 30 dias, do final de setembro ao final de outubro, o combustível ficou 2,20% mais caro, conforme monitoramento de preços realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Nesse período, a média registrada pela Agência, em Mato Grosso, passou de R$ 4,83 para R$ 4,92. Nas últimas cinco semanas, o valor médio ao consumidor foi sendo levemente reajustado. Considerando o preço médio no País, apurado pela ANP, que na semana de 23 a 29 de outubro teve alta de 0,6% elevando a média para R$ 4,91 por litro, o valor estadual está levemente acima do Brasil.
O movimento de alta registrado no Estado e no Brasil ocorre apesar de a Petrobras manter congelado há 60 dias o preço do combustível para as refinarias. O etanol hidratado é outra matriz que vem registrando altas semanais desde a virada de setembro para outubro, com o reajuste se consolidando no pós-eleições, conforme publicado pelo MT Econômico.
Leia também: Pesquisa da ANP aponta alta na gasolina, após 15 semanas de preços estáveis
Com o avanço dos preços, o litro da gasolina pode ser encontrado a R$ 5,29. Na região do bairro Ipase, em Várzea Grande, por exemplo, o litro ainda pode ser comprado por R$ 4,99, após leve ajuste nas últimas semanas. Em outra revenda, na Avenida João Ponce de Arruda, também em Várzea Grande, o litro segue com valor de bomba inalterado: R$ 4,87.
Durante a campanha eleitoral encerrada no domingo passado, a queda no preço dos combustíveis foi uma das principais bandeiras que o presidente Jair Bolsonaro utilizou para sinalizar à população que o governo tomara medidas para reduzir o valor do insumo. A zeragem de impostos federais contribuiu para a queda de preços, além da redução dos impostos estaduais, mas também contribuiu para o cenário o fato de o preço do barril do petróleo ter caído nos últimos meses. Essa realidade, porém, mudou nas últimas semanas, devido à instabilidade no cenário internacional, e o preço do petróleo voltou a subir de forma a pressionar à Petrobras, que ainda assim evitou reajustes. (Com Agência Estado)
Leia mais: Mesmo com maior alta semanal, MT segue com a menor média nacional do etanol