Desde ontem (20) que o IBGE começou a realizar os segundos testes piloto do Censo 2020. A rotina das visitas domiciliares e da coleta de informações será replicada, passo a passo, para verificar o funcionamento dos dispositivos móveis de coleta (os smartfones com os questionários digitais) e testar diversos processos de trabalho.
Os testes piloto do Censo 2020 acontecerão no Rio de Janeiro e em Mato Grosso, nos municípios de Jauru, Comodoro, Figueirópolis e Nossa Senhora do Livramento.
Uma das etapas a serem avaliadas neste teste piloto é a Pesquisa Territorial do Entorno Urbanístico dos Domicílios, que define as principais características das áreas urbanas, bem antes que os recenseadores comecem as visitas domiciliares. Nos próximos dias, serão testados os parâmetros e as rotinas deste levantamento de campo, que é feito pelos especialistas em geociências do IBGE.
A Pesquisa do Entorno Urbanístico verifica se os domicílios a serem visitados estão em um aglomerado subnormal (favelas), se as ruas têm calçamento, iluminação pública, coleta de lixo, bueiros, pontos de ônibus, faixas para pedestres, arborização ou, ainda, se as vias de acesso permitem a passagem de veículos. Há esgoto a céu aberto? Há rampas para portadores de deficiência? As calçadas permitem a passagem de cadeirantes?
Para o Censo 2020, além das questões anteriores, também será investigada a existência de piso tátil para deficientes visuais, além de ciclovias e dos elementos de convívio (bancos de praça, quadras de esportes etc.).
O Censo 2020 está previsto para começar em agosto do ano que vem. Nesta operação, cerca de 220 mil recenseadores visitarão mais de 70 milhões de domicílios nos 5.570 municípios de todo o país. Serão investigados os principais aspectos da vida dos brasileiros, como educação, saneamento básico, religião, deficiências físicas, trabalho, rendimento etc. O orçamento do Censo 2020 e os processos seletivos necessários para a contratação dos recenseadores ainda aguardam autorização do governo federal.