Com recuo de 5,1% observado em junho sobre o mês anterior, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá atingiu o menor nível no ano ao computar 104,1 pontos. O resultado atual também está 12,2% menor que o registrado em janeiro, quando somava 119,1 pontos. Os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) mostram, ainda, uma queda de 24,31% no comparativo anual da pesquisa.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica o motivo pelos consecutivos recuos observados na pesquisa. “O cenário de queda na Capital pode ser motivado pela situação macroeconômica, uma vez que a taxa de juros básica do País se encontra elevada, dificultando o acesso ao crédito, importante para os investimentos das empresas”.
No entanto, Wenceslau Júnior esclarece que “apesar do recuo no indicador nesse período, o índice ainda se encontra acima dos 100 pontos, o que indica uma satisfação dos empresários”. O indicador abaixo de 100 pontos diz respeito à situação de pessimismo do empresariado.
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Segundo análise do IPF/MT, todos os subíndices apresentaram queda, com destaque para as Condições Atuais da Economia (-11,5%), seguido do Indicador de Contratação de Funcionários (-8,4%) e Condições Atuais das Empresas Comerciais (-8,2%).
Quanto às Condições Atuais da Economia brasileira, 43,1% dos entrevistados na Capital mato-grossense acreditam que piorou muito, em sequência, para 35,6% piorou pouco, outros 16,6% creem que melhorou um pouco e, por fim, apenas 4,7% tem a percepção de que melhorou muito.
Ainda segundo o presidente da Fecomércio/MT, “mais da metade dos empresários cuiabanos crê que a economia irá melhorar, além disso, dados do índice de Intenção de Consumo das Famílias mostram uma perspectiva de aumento do consumo das famílias da capital mato-grossense, que pode intensificar a perspectiva positiva”. É o que pode ser visto na pesquisa, quanto à expectativa para a economia nacional, onde 35,6% dos entrevistados em Cuiabá acreditam que irá melhorar um pouco, seguido de 25,9% que julgam que a economia melhorará muito.