A pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do mês de junho registrou avanço de 4% sobre o mês anterior, somando 88,6 pontos. Este é o quinto aumento consecutivo observado na pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT), que atingia 73,9 pontos no início do ano. Já no comparativo com o mesmo período do ano passado, o avanço chega a 14,47%, quando o índice pontuava 77,4 pontos.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, enaltece o avanço da pesquisa observado nos últimos anos, que voltou a apresentar resultados superiores ao período pré-pandêmico. “O índice apurado na pesquisa atual em Cuiabá mostra uma expansão de longo prazo e um crescimento consistente no consumo das famílias, o que é um dos fatores mais importantes na dinâmica econômica, como pode ser observado nas pesquisas mensais do comércio e de serviços dentro do Estado”.
Os dados levantados pela CNC mostram que, dentre os subíndices, mais uma vez, apenas o Emprego Atual apresentou recuo, de 0,8%, menor intensidade do que os 3,4% registrado em maio. Apesar da diminuição, a perspectiva profissional para os próximos seis meses avançou 3,38%, ante ao mês anterior, revelando que 51,8% das famílias possuem uma expectativa de melhora profissional.
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Wenceslau Júnior esclarece que “o recuo no emprego, observado nos últimos dois meses, ainda, não se torna preocupante devido às condições macroeconômicas do momento, porém, pode se tornar um alerta caso continue nessa tendência”.
Com relação à Perspectiva de Consumo, o componente apresentou maior variação positiva (9,8%), seguido do Nível de Consumo Atual (+8,9%) e da Compra a Prazo – Acesso ao crédito (+7,3%). Já o que avalia a Renda Atual cresceu 2,46% no comparativo mensal, com 45,6% das famílias participantes da pesquisa demonstrando avaliação de renda melhor no mês atual do que no mesmo período de 2022.
“O subíndice que revela um crescimento do acesso ao crédito e à perspectiva positiva em relação à renda são muito importantes para a continuidade do consumo e, consequentemente, de uma economia aquecida”, concluiu o presidente da Fecomércio/MT.