Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostram que mesmo com alta semanal de 8,44% sobre o litro do etanol hidratado em postos de Mato Grosso, o valor segue sendo o mais baixo do Brasil. Na semana entre os dias 4 e 10, o preço médio apurado pela Agência foi de R$ 3,21, contra média de R$ 2,96 na semana anterior, no estado.
Ainda que o reajuste tenha provocado uma alta significativa na bomba das revendas mato-grossenses – o dobro do apurado no Brasil no mesmo período – os preços estão abaixo da média nacional. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 4,11%, de R$ 3,41 o litro na semana anterior para R$ 3,55 o litro.
Apesar da alta registrada pela ANP, no final desta semana, os postos iniciaram movimento de baixa, e o litro do biocombustível que estava precificado entre R$ 3,13 a R$ 3,19, já pode ser encontrado por até R$ 3,05. Assim como mostrado pelo MT Econômico na semana passada, seja pela alta ou pela baixa, a ANP não segue ritmo do movimento do mercado e dá informações que o consumidor não encontra na bomba.
Os preços médios do etanol hidratado nesta semana subiram em 20 Estados e no Distrito Federal, caíram em 4 e ficaram estáveis somente no Ceará. No Amapá, onde nesta semana houve levantamento de preços, o litro foi cotado em média a R$ 5,19 e não há base comparativa porque na semana anterior não houve levantamento.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 4,02%, de R$ 3,23 para R$ 3,36. A maior queda porcentual na semana, de 2,68%, foi registrada em Rondônia, onde o litro passou de R$ 4,85 para R$ 4,72. A maior alta porcentual ocorreu no Rio Grande do Norte, de 16,63%, com o litro subindo de R$ 4,03 para R$ 4,70.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,75 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,60, foi registrado no Pará. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,21, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Amapá, de R$ 5,19 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 3,5%. A maior alta no período, de 10,85%, foi registrada no Rio Grande do Norte. A maior queda no mês foi observada em Rondônia, de -4,07%.
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APÓS REAJUSTE DO ICMS – Uma semana após o início da vigência das novas alíquotas do ICMS, o preço médio dos principais combustíveis ficou mais caro em todo o país. É o que aponta a última análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa.
O litro da gasolina fechou no dia 6 de fevereiro a R$ 5,91, incremento de 3,14%, quando comparado ao dia 31 de janeiro. Já o diesel comum foi comercializado a R$ 6,01, um acréscimo de 1,52%, e o tipo S-10 fechou a R$ 6,16, após ficar 1,99% mais caro.
“Essas altas representam um desembolso médio a mais de R$ 0,18 centavos para os motoristas que abastecem com gasolina. Ainda, ressalto que o consumo do etanol contribui para uma mobilidade de baixo carbono, reduzindo as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
Em contrapartida, o GNV (gás natural veicular) baixou de preço após o reajuste e fechou o sexto dia do mês a média de R$ 4,65, com redução de 0,21%.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log.