Mato Grosso fechou 2022 com a maior inflação do Brasil na construção civil: 20,52%. O percentual é quase o dobro do registrado na média nacional, 10,90% e bastante acima do apurado no Centro-Oeste, em 14,60%.
Os dados integram o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado ontem pelo IBGE. “No acumulado do ano, Mato Grosso foi o estado com a maior taxa, 20,52%, registrando, também, a maior taxa no acumulado da parcela dos materiais, 22,39%”, aponta o IBGE.
Ao longo de 2022, o metro quadrado (m²) da construção civil no Estadofoi sendo majorado até chegar a dezembro com o maior valor da série local: R$ 1.770,55. Esse valor é, de forma inédita, o maior do Centro-Oeste, superando o Distrito Federal. No ranking nacional ficou entre os cinco mais caros do Brasil, no ano passado.
Dos R$ 1.770,55 por m², em Mato Grosso, R$ 1.112,28 referem-se à parcela de materiais de construção e R$ 658,27 à parcela de mão-de-obra. Em relação ao pessoal, o valor, após reajustes, se estabilizou desde outubro.
No Centro-Oeste, 2022 terminou com os seguintes valores para o m², pela ordem: Mato Grosso, R$ 1.770,55, Distrito Federal, R$ 1.760,89, Goiás, R$ 1.673,66 e Mato Grosso do Sul, R$ 1.672,61.
No País, Índice Nacional da Construção Civil, foi de 0,08% em dezembro, ficando 0,07 ponto percentual abaixo do mês anterior (0,15%) e registrando o menor índice de 2022. O acumulado no ano atingiu 10,90%, caindo 7,75 pontos percentuais em relação a 2021 (18,65%). Em dezembro de 2020, o índice havia sido de 0,52%.
Com alta em seis dos seus sete estados, destacando-se Amazonas (1,08%) e Amapá (1,01%), a região Norte ficou com a maior variação regional em dezembro, 0,67%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: Nordeste (-0,04%), Sudeste (-0,09%), Sul (0,32%) e Centro-Oeste (0,21%).
O Centro-Oeste teve o maior resultado no acumulado para o ano de 2022 (14,60%), seguido por Norte (12,70%), Sul (10,4%), Sudeste (10,33%) e Nordeste (10,02%). Os custos regionais da construção em dezembro, por metro quadrado, foram: R$ 1.697,69 (Norte), R$ 1.560,52 (Nordeste), R$ 1.735,03 (Sudeste), R$ 1.761,89 (Sul) e R$ 1.722,72 (Centro-Oeste).
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Com reajuste observado nas categorias profissionais e alta na parcela dos materiais, o Piauí ficou com a maior taxa para dezembro (2,64%).
O custo nacional da construção por metro quadrado passou em dezembro para R$ 1.679,25, sendo R$ 1001,20 relativos aos materiais e R$ 678,05 à mão-de-obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.677,96.
A parcela dos materiais apresentou variação de 0,07%, mantendo-se próxima às variações dos últimos dois meses (0,01% em novembro e 0,04% em outubro). Ante o índice de dezembro de 2021 (0,76%), houve queda de 0,69 ponto percentual.
Já a parcela da mão-de-obra (0,08%) também registrou a menor taxa do ano, caindo 0,27 ponto percentual em relação a novembro (0,35%) e 0,10 ponto percentual frente a dezembro de 2021 (0,18%).
O resultado acumulado no ano de 2022 registrou variação de 10,02% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão-de-obra atingiu 12,18%. Em 2021, a parcela dos materiais fechou em 28,12% e a mão de obra, em 6,78%.