Construir vem ficando cada vez mais caro, em Mato Grosso. A parcela de materiais é a que tem exercido maior influência sobre os custos. Conforme dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, a inflação da construção no Estado atingiu 7,2% no acumulado de janeiro a abril deste ano, sobre igual período do ano passado. Com essa evolução, Mato Grosso exibe a maior variação do Centro-Oeste, supera a média nacional – que ficou em 3,52% – e é a segunda maior do País, atrás apenas do Amapá, com 7,61%.
Ainda conforme o Sinapi, o custo do metro quadrado (m²) em Mato Grosso foi de R$ 1.576,02 em abril. Desse total, R$ 981,32 são relativos à parcela materiais – que vem em ascensão mensal desde o ano passado e atingiu novo pico no mês passado – e outros R$ 594,70 relativos à parcela mão-de-obra, despesa essa que reduziu na passagem de março para abril. Havia sido cotada em R$ 605,42.
No Centro-Oeste, apesar de liderar a inflação de 2022, Mato Grosso tem um dos menores valores para o m². O Distrito Federal tem o maior preço, R$ 1.626,25, seguido por Mato Grosso, R$ 1.576,02, Goiás R$ 1.544,87 e Mato Grosso do Sul R$ 1.542,22.
A região Centro-Oeste, com altas significativas na parcela dos materiais em todos os estados, ficou com a maior variação regional pelo segundo mês consecutivo, 1,51%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,28% (Norte), 1,09% (Nordeste), 1,13% (Sudeste), e 1,43% (Sul).
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Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.570,98 (Norte), R$ 1.468,90 (Nordeste), R$ 1.624,46 (Sudeste), R$ 1.637,91 (Sul) e R$ 1.572,30 (Centro-Oeste). Paraíba registra a maior alta Com alta na parcela de materiais, e reajuste observado nas categorias profissionais, a Paraíba foi o estado com a maior variação mensal, 4,57%, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 3,64%, sob as mesmas condições.
O Sinapi no Brasil apresentou variação de 1,21% em abril, subindo 0,22 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,99%) e registrando a maior taxa desde agosto de 2021. O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em março fechou em R$ 1.549,07, passou em abril para R$ 1.567,76, sendo R$ 944,49 relativos aos materiais e R$ 623,27 à mão de obra.
A parcela dos materiais, que vinha apresentando taxas abaixo de 1%, apresentou alta de 1,86%, registrando a maior variação desde agosto de 2021, e subindo 1,38 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,48%). Considerando o índice de abril de 2021 (3,14%), houve queda de 1,28 pontos percentuais. Já a mão de obra apresentou taxa de 0,24%, caindo 1,51 ponto percentual em relação a março (1,75%).
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