Mato Grosso fechou abril com o maior valor para o metro quadrado (m²) da construção, segundo dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE. Com a majoração, o m² mato-grossense foi a R$ 1.823,83, bem acima do registro nos outros estados da região, bem como na média nacional e regional. Aliás, Mato Grosso tem atualmente o 8º maior custo da construção no Brasil, conforme o indicador.
Como mostra o Sinapi, o estado também registrou a maior inflação do acumulado de 2024: +2,73%, também superando a variação nacional, em +2,51, bem como a média do Centro-Oeste em +1,69%.
Dos mais de R$ 1.823 do m² de Mato Grosso, R$ 1.098,42 foram relativos à parcela de materiais e R$ 725,41 de mão-de-obra. Na passagem de março para abril, por exemplo, houve retração na parcela insumos e alta na de pessoal.
No Centro-Oeste, o metro quadrado construído tem Mato Grosso como o de maior valor, seguido pelo Distrito Federal, R$ 1.781,12 (alta mensal de 0,96%), Goiás, R$ 1.710,62 (alta mensal de 1,41%) e Mato Grosso do Sul, R$ 1.689,49 (alta mensal de 1,18%).
A região Sudeste, com altas em todos os estados, ficou com a maior variação regional em abril, 0,65%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,18% (Norte), 0,44% (Nordeste), 0,08% (Sul) e 0,04% (Centro-Oeste).
Com alta nas categorias profissionais, Minas Gerais foi o estado com a maior taxa em abril, 1,80%, seguida por Bahia e Amapá, 1,54% e 1,52%, sob as mesmas condições.
BRASIL – No país houve alta de 0,41% em abril, ficando 0,34 ponto percentual acima do índice de março (0,07%). Essa é a maior taxa desde setembro de 2022. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,51%, resultado acima dos 2,36% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice de abril de 2023 foi de 0,27%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em março fechou em R$ 1.729,25, passou em abril para R$ 1.736,37, sendo R$ 1.007,30 relativos aos materiais e R$ 729,07 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou índice 0,11%, mantendo o patamar dos últimos meses. Observamos queda de 0,02 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,13%). Com relação a abril de 2023 (0,42%), houve queda de 0,31 ponto percentual.
Já a mão de obra, com taxa de 0,83%, e três dissídios coletivos assinados, registrou alta tanto em relação a março (-0,02%), quanto a abril do ano anterior (0,05%), 0,85 e 0,78 pontos percentuais, respectivamente.
No ano, os acumulados foram: 0,55% (materiais) e 1,21% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 0,05% (materiais) e 6,12% (mão de obra), respectivamente.