O número de empresas ativas em Mato Grosso aumentou 33,76% entre 2009 a 2019, conforme aponta a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2019, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada essa semana. Nesse período de dez anos, o número de empresas passou de 73.943 para 98.910. As unidades locais são o endereço de atuação das empresas, que podem ter uma ou mais unidades.
Com a expansão registrada, o Estado passou de terceiro para segundo colocado na região. A participação em relação ao total de unidades locais ativas do Centro-Oeste subiu de 21,2% para 22,8% na mesma comparação.
A evolução observada em Mato Grosso não foi suficiente para elevar o indicador que avalia a taxa de sobrevivência das unidades locais mato-grossenses, a menor entre os estados da região. Conforme o IBGE, a taxa no Estado foi de 76,2% em 2019, contra 74,2% em 2009.
Na comparação com os outros estados do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve taxa de sobrevivência de 79,8% em 2019, Goiás teve 78,5% e o Distrito Federal teve 76,2%, assim como o Mato Grosso. Esse indicador representa a relação entre número de unidades locais que nasceram em um determinado ano de referência ante as que não sobreviveram até o mesmo ano de referência.
A pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo analisa a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas, bem como as empresas de alto crescimento e gazelas (empresas de alto crescimento com até cinco anos de idade), entre outros.
Por natureza jurídica, o levantamento considera somente as entidades empresariais, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEI), órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e organizações internacionais que atuam no País.
O estudo tem como base de dados o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) e que em 2019 passou a incorporar também as informações do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), em um processo de substituição gradativa dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Com isso, a partir desta edição, foram realizados ajustes metodológicos para a seleção das unidades ativas.
Ao todo, 42,8% das unidades locais ativas de Mato Grosso em 2019 eram do setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 7,6% das indústrias de transformação e 7,5% da área de transporte, armazenagem e correio.
Se considerarmos apenas as empresas de pequeno porte no Estado, a representatividade é de 79,51%, totalizando 322.106 negócios, segundo noticiado anteriormente pelo Mato Grosso Econômico.
Segundo a pesquisa, o pessoal ocupado assalariado das unidades locais ativas de Mato Grosso aumentou de 385 mil, em 2009, para 571 mil, em 2019. Já o salário médio mensal passou de R$ 1.030 para R$ 2.137, alta de mais de 107% no período.
Das 73.943 unidades locais ativas em 2009, 54.871 eram sobreviventes, ou seja, estavam ativas em 2009 e em 2008 também. Outras 19.072 funcionavam em 2009 e não estavam ativas no ano anterior (entradas) – sendo que 14.139 iniciaram a atividade em 2009 (nascimentos) e 4.933 recomeçaram a atividade em 2009, após um período de interrupção temporária não superior a dois anos (reentradas). Outras 15.173 eram classificadas como saídas, pois não estavam ativas em 2009 e atuavam em 2008.
De acordo com a pesquisa, a participação relativa do número de unidades locais e pessoal ocupado assalariado de empresas de alto crescimento no total de unidades locais e pessoal assalariado das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas foi, respectivamente, de 8,8% e 13,4% em Mato Grosso. No Centro-Oeste, esses índices foram de 8,1% e 12,9%.
Em 2021, Mato Grosso registrou o maior número de empresas dos últimos quatro anos, segundo Empresômetro Inteligência de Mercado. Veja mais aqui
FILIAIS ATIVAS – Das 14.139 unidades locais (filiais) de empresas nascidas em 2009 em Mato Grosso, 22,5% permaneciam ativas em 2019. Em 2012, em seu terceiro ano, 52,3% das unidades locais do Estado ainda estavam em funcionamento e, em 2014, no quinto ano, 39,3% continuavam abertas.
No Brasil, 22,9% das 755.034 unidades locais abertas em 2009 ainda estavam atendendo dez anos depois. No Centro-Oeste, esse índice foi de 22,4% das 65.687 unidades locais criadas em 2009.
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