A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo no Brasil será ajustado para R$ 1.509, conforme previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), representando um aumento de R$ 97 em relação ao valor atual. O reajuste traz um alívio imediato para muitas famílias, mas não será suficiente para causar uma mudança significativa nas finanças pessoais de grande parcela da população.
Uma pesquisa realizada pela fintech meutudo, com 14.241 participantes de diferentes regiões do país, revela que, embora a maioria esteja ciente do reajuste, as expectativas quanto ao impacto financeiro são moderadas. Dos entrevistados, 65,8% sabem do aumento do salário mínimo, o que indica que cerca de um em cada três brasileiros ainda não está informados sobre a mudança.
Entre os que sabem do aumento, a percepção sobre o impacto financeiro é mista. Para 43% dos entrevistados, o reajuste trará um impacto pequeno na renda familiar, enquanto 38% acreditam que não causará mudanças significativas. Apenas 19% consideram que o aumento será importante para a melhoria de sua situação financeira.
Quando questionados sobre as áreas que mais se beneficiarão com o aumento, as respostas indicaram que as despesas essenciais de consumo serão as mais impactadas. O reajuste ajudará, principalmente, a cobrir as despesas com alimentação, apontadas por 33% dos participantes. Em seguida, 30% mencionaram as contas de água, luz e gás. Outras categorias, como saúde (15%) e habitação (8%), também foram citadas em menor proporção.
A pesquisa mostra também, que o reajuste pode ser útil especialmente para o pagamento de dívidas, apontado por 50% dos participantes, o que reflete o elevado nível de endividamento de muitos brasileiros. Despesas relacionadas a materiais escolares, IPTU e IPVA foram mencionadas apenas por uma minoria.
Para Márcio Feitoza, CEO da meutudo, os resultados evidenciam um cenário econômico complexo. “A pesquisa reflete uma realidade em que, para boa parte da população, as dificuldades financeiras vão além do valor do salário mínimo. Elas envolvem questões como endividamento, o custo de vida elevado e uma renda que, muitas vezes, não acompanha a inflação”, analisa Feitoza. “O aumento do salário mínimo é um passo importante, mas como a pesquisa indica, ele representa apenas um alívio temporário para os desafios econômicos enfrentados pela maioria da população”, conclui.
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