Mato Grosso foi o estado brasileiro com maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desde o início do século, destacou o jornal Gazeta do Povo, segundo apurado pelo MT Econômico. A publicação observa que, entre 2002 e 2020, o PIB do Estado cresceu 5,42% ao ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que é quase três vezes maior que a média nacional anual, de 1,96%.
Em 2022, o crescimento da economia mato-grossense pode ser ainda maior: 10,3%, segundo projeção do Banco do Brasil, o que, mais uma vez, aponta um crescimento mais de três vezes superior ao PIB nacional, calculado em 2,9%. O número oficial do PIB 2022 ainda não foi divulgado, mas as estimativas já apontam para esse resultado.
Os números revelam que parte do desempenho mato-grossense vem do agronegócio, que movimenta 56% do PIB estadual. Também, ao crescimento da indústria e do setor de serviços. Apenas entre 2021 e 2022 as exportações para o maior parceiro comercial de Mato Grosso, a China, aumentaram 58,9%, segundo noticiado pelo MT Econômico.
A publicação também ressalta que Mato Grosso é um dos estados com menor taxa de desemprego, segundo levantamento do IBGE. Dado mais recente aponta que a taxa de desocupação em Mato Grosso é de 3,5%, na média do último trimestre de 2022 – percentual menor do que a taxa de países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), calculada em 3,9% em dezembro.
DINÂMICAS DISTINTAS – O Produto Interno Bruto do Brasil teve um crescimento de 2,9% em 2022, mesmo com o recuo no quarto trimestre do ano. No entanto, a dinâmica regional mostra cenários bastante distintos. A 4intelligence, replica a metodologia do IBGE para o cálculo do PIB por estado, e indica que o cenário regional para 2023 terá diferenças importantes. Regionalmente, Sudeste (1,2%), Sul (2%) e Centro-Oeste (0,8%) devem apresentar cenário de expansão. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste prospectam cenário de queda na atividade econômica, com recuos de 0,6% e de 1,1%, respectivamente.
O Produto Interno Bruto brasileiro apresentou alta de 2,9% no ano de 2022. Na parcela final do ano, a atividade econômica registrou recuo de 0,2%, marcando a desaceleração gradual da economia ao longo do ano. Mesmo assim, o período foi de crescimento, e os setores de Serviços e da Indústria foram os maiores responsáveis pelo balanço positivo, com alta de 4,2% e 1,6%, respectivamente.
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A 4intelligence já havia divulgado projeção de 0,7% de crescimento do PIB em 2023. Com a perspectiva de recuperação do mercado interno chinês e de retomada robusta da produção agrícola, a previsão é de alta de 0,9%. Ainda assim, o quadro econômico para este ano é desafiador.
Domesticamente, os juros elevados e o alto grau de endividamento familiar devem frear o setor de Serviços, que foio principal motor do PIB de 2022. Em relação à Agropecuária, o cenário é de maior otimismo, pela expectativa de recuperação da produtividade.
REGIÃO CENTRO-OESTE – A região Centro-Oeste desacelerou sua atividade econômica no quarto trimestre de 2022, com queda de 1,4%. Das quatro aberturas do PIB, a região apresentou desempenho negativo em duas delas – Impostos (-4,2%) e Serviços (-2,9%). Pelo lado do crescimento acumulado no ano, a região desponta desempenho positivo, com alta de 5,1%, o segundo maior resultado regional do país, atrás apenas do Nordeste. Para o ano de 2023, projeta-se elevação de 0,8% para o PIB da região. Prospectivamente, a Agropecuária deve figurar como o principal condutor da economia do Centro-Oeste.
Analisando setorialmente o desempenho do PIB para a região Centro-Oeste, o cenário que se encontra para a Indústria (0,6%) no quarto trimestre de 2022 é de alta, mantendo a tendência de expansão observada nos trimestres anteriores. No ano, a Indústria fecha com alta de 8,3%, conduzida pela alta acumulada em todas as suas aberturas.