A terça-feira (25) foi marcada pela elevação dos preços de bomba para o litro do etanol hidratado e da gasolina em postos revendedores de Cuiabá e Várzea Grande. Com a variação, o biocombustível voltou ao teto histórico, rompido neste mês – conforme já noticiado pelo MT Econômico – sendo literalmente fixado em R$ 4,27. Já na Capital as médias são de R$ 4,29.
A alta colocou fim a um movimento de baixa que justamente tinha sido iniciado no final da semana passada, tirando os valores do etanol do teto histórico para valores entre R$ 3,87 a R$ 3,97. Aliás, até ontem, tanto em Cuiabá, quanto em Várzea Grande estavam abaixo de R$ 5 para o biocombustível e de por menos de R$ 6 para a gasolina.
Em uma revenda de Várzea Grande, o frentista – cujo posto ainda operava com o etanol a R$ 3,97 à noite – explicou que para aquela unidade não havia chegado nenhuma ordem para alterar os preços, porém, como eles mesmo ponderou: “é tudo em cima da hora e de repente”.
Questionado sobre os motivos, ele destaca que não houve “aparentemente” nada que impulsionasse os preços, “mas deve ser por conta do carnaval”, acredita.
O movimento de alta é geral, como destaca o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade no Brasil. Os preços dos combustíveis registraram leve aumento na segunda semana de fevereiro, após a entrada em vigor das novas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do reajuste da Petrobras, cujos impactos se concentraram na primeira semana do mês.
Segundo o levantamento nacional, que compara a segunda semana de fevereiro com a última de janeiro de 2025, revela que o diesel S-10 lidera a alta acumulada no mês, com um avanço de 4,41%, atingindo a marca de R$ 6,54 por litro na média dos postos nacionais. A gasolina comum (+2,60%) e o etanol (+2,21%) acompanharam esse movimento, chegando aos valores médios de R$ 6,45 e R$ 4,45 por litro, respectivamente. No levantamento exclusivo das capitais, as variações acompanham a tendência nacional, refletindo, dentre os fatores, como o câmbio, os reajustes nos impostos e no caso do diesel, nos preços praticados pelas refinarias da Petrobras: diesel S-10 (+4,36%), etanol (+2,59%) e gasolina comum (+2,52%).
Embora tenham seguido padrão similar, houve diferenças nas variações regionais e estaduais, sendo que as maiores altas se concentraram em estados e capitais do Nordeste e Norte do país. No caso da gasolina comum, os maiores aumentos foram identificados no: Rio Grande do Norte (+5,1%), Paraná (+4,6%), Santa Catarina (+4,2%), Acre (+3,8%) e Amazonas (+3,6%). Quanto ao etanol, a liderança coube ao Rio Grande do Norte (+8,0%), Amazonas (+8,0%), Maranhão (+4,9%), Distrito Federal (+4,8%) e Santa Catarina (+3,1%). Finalmente, no tocante ao diesel s-10, a liderança nas altas de preço coube ao Amapá (+8,4%), seguido por Amazonas (+6,8%), Acre (+6,8%), Distrito Federal (+6,4%) e Rio Grande do Norte (+6,2%).
Em relação ao comportamento dos preços em Mato Grosso, a Veloe, neste mesmo comparativo, a gasolina comum ficou em média R$ 0,11 mais cara, o etanol encareceu R$ 0,09 e o diesel S-10, R$ 0,29.
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