Ao contrário do movimento de alta do preço do etanol hidratado, em Cuiabá e Várzea Grande, registrado no início do feriadão da Semana Santa, neste novo ‘feriadão’ – agora de Tiradentes – o litro do biocombustível recuou. Depois de bater mais um recorde de R$ 5,299, retomou margens entre R$ 4,97 até R$ 4,87. Na frente das bombas, a informação é a de que o ‘patrão mandou baixar’.
Já na última quarta-feira (20), véspera do feriadão, alguns postos em Várzea Grande reduziram logo cedo os preços de bomba. Quem não recuou para abaixo de R$ 5, saiu de um valor médio de R$ 5,15, R$ 5,13 para R$ 5,05.
O gerente administrativo, Paulo de Souza, pontua que tem observado um “costumeiro movimento de baixa quando o final do mês se aproxima”. Ainda segundo ele, o aumento da Semana Santa pegou muita gente de surpresa. “Por ter sido em meio de mês, não duvido que a alta tenha frustrado os planos de algumas famílias de sair e viajar na Páscoa. Acho que a necessidade de vender estoques e fazer caixa fez com que os postos recuassem os preços”.
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Monitoramento semanal realizado pelo MT Econômico tem observado essa flutuação sobre os preços do etanol nas duas cidades. Em uma mesma semana, o valor de bomba oscila para mais e para menos, sempre surpreendendo o consumidor. A expectativa é de que a partir de abril, com início da moagem de cana na maior parte das usinas mato-grossenses, o preço caia e se estabilize em um patamar mais acessível.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que nos dois primeiros meses do ano o consumo do etanol caiu 26%. O volume vendido do derivado da cana ou do milho ficou em 111,1 milhões de litros. Por outro lado, a preferência pela gasolina resultou em um comércio 112 milhões de litros. Em 2021, o volume de etanol foi de 150,1 milhões de litros e o de gasolina ficou em 84,2 milhões de litros. Esse movimento era ‘tradição’ no Estado, desde que o etanol passou a ser mais viável financeiramente, frente ao derivado de petróleo, a partir de 2010.
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