O projeto Amigas Empreendedoras realizado pela Secretaria de Assistência Social de Várzea Grande vem sendo desenvolvido desde julho de 2015 e já qualificou cerca de 4.810 mulheres em oficinas profissionalizantes nas comunidades carentes da cidade.
O projeto de Responsabilidade Socioassistencial tornou referência para outros municípios e está alavancando expressivamente com êxito e principalmente gerando renda acessória para as mulheres várzeagrandenses e seus familiares. O projeto tem como objetivo proporcionar às mulheres de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, a oportunidade para gerar renda com perspectiva de inserção no mercado de trabalho e o empoderamento da mulher.
Trata-se de um trabalho que desenvolve atividades de fortalecimento dos laços familiares, envolvendo as mães de famílias nas oficinas de capacitação de pintura em tecido, bordado em chinelo, cabeleireiro, reciclagem e sustentabilidade, massoterapia, artes, ponto russo, pet aplique e pintura em tela.
“O Amigas Empreendedoras está próximo ao cidadão, em 73 bairros, sendo um meio de articulação com as demais políticas públicas e serviços socioassistencial da Administração Municipal, além de desenvolver atividades articuladas com as demais Secretarias visando à diminuição da vulnerabilidade dos territórios. Atualmente o projeto é requisitado em todas as comunidades por ser totalmente gratuito e que gera benefícios. As oficinas democratizam atividades também informativas sobre as políticas públicas, a exemplo da oferta de palestras mensais sobre o tema. O resultado tem sido potencializar as comunidades para o aumento da renda familiar. Além de suporte para a produção e comercialização com a parceria do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), que trabalha as temáticas de educação financeira, empreendedorismo, valores dos produtos, entre outros”, explica a coordenadora do projeto, Bernadete Miranda.
Segundo a secretária de Assistência Social, Kathe Maria Martins o Projeto já está sendo referência para outros municípios, não só de Mato Grosso, como também de outros Estados. “Várias equipes técnicas já conheceram nosso projeto e seus resultados, e nos remete a importância do Projeto que agrega a organização da Rede Socioassistencial de Várzea Grande. Todavia, o alcance de resultado se dá ainda pela integração entre oferta pública de serviços com qualidade, e também da atuação intersetorial no território”, pontua.
A instrutora da oficina de cabeleireiro, Vanilsa Glorinha, profissional da área há 22 anos disse que o curso é uma porta que se abre para pessoas carentes, é um curso totalmente gratuito e acessível onde se pode aprender uma profissão. “Tenho um ganho mensal de R$ 2 mil reias e isso também pode ser uma realidade para meus alunos”, explicou.
Já a aprendiz da oficina e aluna de Vanilsa, Camila Gomes dos Santos, moradora do Vila São João falou que o curso vai realizar seu sonho de exercer a profissão. “Todos nós estamos maravilhadas com a ideia. Sempre quis fazer este curso e atuar nesta área, porém, nunca tinha tido a oportunidade e hoje estou feliz com essa nova porta que foi aberta. Vou gerar meu próprio dinheiro com que vou fazer e vender”, comemorou.
O curso de bordado em chinelo atende também quem busca uma outra profissão para complementar a renda como é o caso da dona de casa Patrícia Gomes, bairro Nair Sacre. "Graças a esse curso estou tendo a oportunidade de aprender uma profissão, pretendo implementar mais ainda minha produção própria. Já estou tendo um retorno financeiro mensal de R$ 800 reais. E também tem sido uma terapia para mim contra o câncer", elogiou.
A instrutora do curso de bordado em chinelo, Magnólia Castro, que atua na área há 26 anos, conta que a renda já contribuiu para aquisição da casa própria, carro e ainda pretende comprar uma chácara, tudo com a renda de sua profissão que hoje atinge R$ de 3 a 4 mil reais/mês com as encomendas. Pois, exporta seus produtos para várias cidades do interior. Magnólia explicou que vários alunos de turmas que já fizeram o curso estão inseridos no mercado de trabalho. “Este é um mercado que tem campo e o curso é o pontapé inicial para uma carreira de sucesso para muitas destas pessoas”, contou.
“O projeto está a serviço de comunidades carentes de recursos, mas cheia de criatividades e de vontade de aprender a produzir para o próprio sustento, ainda assim, comercializar e melhorar a renda familiar”, finalizou a secretária.