O aumento na taxa Selic – reajustada para 13,75% ao ano, o indicador que influencia diretamente sobre o mercado imobiliário – não tem desmotivado a população a investir em imóveis na Capital mato-grossense. É o que expõe os Indicadores do Mercado Imobiliário de Cuiabá, levantados pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi/MT), que, mesmo com recuo de 13,8% sobre o 1º trimestre de 2022, ainda acumulou R$ 988 milhões em valores transacionados.
Para o presidente do Secovi/MT, Marco Pessoz, que também responde pela vice-presidência da Fecomércio/MT, a movimentação financeira mostra um cenário diferente do esperado pelo setor. “O mercado imobiliário continua positivo, visto que, com o aumento da taxa de juros, esperávamos por números bem menores do que os apresentados pela pesquisa”.
Os dados, que foram obtidos em parceria com a Secretaria de Fazenda do município, por meio de fonte de dados do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), e com apoio da Fecomércio/MT, também mostram uma retração de 8,8% no comparativo com o 2º trimestre de 2021, quando, na época, contabilizou pouco mais de um bilhão de reais em valores transacionados.
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Com relação ao número de unidades comercializadas, o levantamento revela um aumento de 6,6% sobre o trimestre imediatamente anterior, totalizando 2.628 imóveis vendidos. Desses, a maioria (2.422) foram de usados, contra 206 de imóveis novos.
As regiões mais procuradas são a leste e a oeste, consideradas áreas residenciais de Cuiabá. Para Pessoz, os tipos de unidades vendidas continuam sendo em áreas residenciais. “O mercado continua aquecido, principalmente, a venda de terrenos e imóveis tanto horizontais quanto verticais, que se caracterizam por unidades residenciais”.
Para o mercado de Médio e Alto Padrão (MAP), cujo financiamento depende dos recursos da poupança, observou-se um aumento nas taxas para estes tipos de unidades, mesmo que de forma bem menor do que a taxa Selic. Enquanto a Selic subiu 8,75% de jan./21 a jan./22, as taxas médias de financiamento habitacional subiram apenas 1,95%.
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