Em sua última semana em Mato Grosso, a Caravana Soja Brasil, projeto realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Canal Rural, Aprosoja Brasil e vários outros parceiros passou a noite de quarta (20.01) e manhã de quinta-feira (21.01) em Rondonópolis. Nos próximos dois dias a Carrega Brasil estaciona nos municípios de Itiquira e Alto Araguaia.
Como nas outras cidades, as noites são sempre reservadas para as palestras e as manhãs para as oficinas com demonstrações técnicas. Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Tecnologia de Aplicação são os assuntos em pauta e tem atraído a atenção dos produtores rurais.
Em Rondonópolis, a novidade foi a plataforma de capacitação criada pelo engenheiro agrônomo, Ariel Orlando Destéfano, onde foram feitas as demonstrações práticas de Tecnologia de Aplicação. Adaptado ao um quadriciclo, equipado com GPS e toda a tecnologia embarcada de um pulverizador, a plataforma tem seis bicos é utilizada para capacitação.
"Ganhamos tempo. Enquanto precisamos regular cerca de 70 bicos de um pulverizador para fazer o treinamento, aqui são somente seis. Além disso, podemos também fazer os testes com as caldas numa proporção menor economizando produto e tempo", explica Destéfano.
O instrutor credenciado junto ao Senar-MT, Carlos Danielli, em suas demonstrações práticas, aproveita para dar umas dicas para o produtor aproveitar tudo o que o pulverizador autopropelido pode oferecer. Danielli diz que máquina tem que estar estável, que a velocidade deve ser contínua e, que a altura do braço do autopropelido deve ser adequada. "Se estiver muito alto, o desperdício é grande", avisa.
O produtor também deve estar atento à válvula de antigotejo e ao espaçamento dos bicos. "O ideal é 35 centímetros", aconselha Danielli. A máquina também deve ser calibrada com frequência. Durante as oficinas de Tecnologia de aplicação de defensivos que estão sendo realizadas na caravana Soja Brasil, o instrutor repassa muitas outras informações.
O doutor em agronomia, na área de tecnologia de aplicação e pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, Alisson Augusto Barbieri Mota, acrescenta que o tamanho da gota interfere diretamente na aplicação dos defensivos. Segundo ele, quanto menor for a gota maior a cobertura e a penetração. Em suas palestras Mota fala sobre várias situações que acontecem durante as aplicações e, assim como Danielli, dá várias dicas sobre como proceder.
O Senar-MT faz parte de um conjunto de entidades que formam o Sistema Famato, assim como a Federação, o Imea e os 89 sindicatos rurais do Estado. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio.