As vendas de veículos zero quilômetro, em Mato Grosso, fecharam o primeiro bimestre desse ano com queda de 12,76% na comparação com o mesmo período de 2021. A retração local ficou em linha com o registrado na média nacional, cujo recuo sobre o setor foi de 13%.
Conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Mato Grosso comercializou entre janeiro e fevereiro de 2022, 12.919 unidades – entre auto, comercial leve, caminhão, ônibus, moto, implemento rodoviário – contra 14.809 contabilizadas em igual momento do ano passado.
Dos mais de 12 mil veículos comercializados neste primeiro bimestre, 44%, ou 5.696 unidades, foram de modelos dos segmentos de auto e comercial leve. Outros 35,12% do share local de 0-km pertencem ao segmento de motos, com a venda de 4.537 unidades no período.
Ainda conforme o balanço da Fenabrave, as vendas de fevereiro, efetivadas pelos concessionários do Estado, somaram 6.356 unidades, 9,74% menores que as contabilizadas em igual mês do ano passado: 7.042. Na comparação mensal – fevereiro ante janeiro (com 6.563 unidades comercializadas) – há retração de 3,15%.
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A entidade nacional destaca que apesar de fevereiro ter tido apenas 19 dias úteis, o mês foi positivo para os segmentos de automóveis e comerciais leves. Com mais de 120 mil unidades comercializadas, ante as 116 mil de janeiro, o mercado vem, segundo o presidente da Fenabrave, se acomodando, apesar das dificuldades ainda existentes, como a alta dos juros e a maior seletividade no crédito. “Acreditamos que, com a redução do IPI, promovida pelo governo federal, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente, para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços dos produtos inalterados, conforme tabela do início de fevereiro, e também aplicarem a redução da alíquota do IPI”, razão pela qual, para José Maurício Andreta Jr., o momento ideal para comprar um veículo é agora, em função do preço reduzido.
O saldo do primeiro bimestre de 2022, para todos os segmentos automotivos em geral, foi de queda de 13% sobre igual período de 2021. O setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuar impactando a recuperação do mercado, no Brasil.
No País, os emplacamentos retraíram 5,6%, em relação a janeiro, e 10%, na comparação com fevereiro de 2021. “Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, pontua o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
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REDUÇÃO – O Decreto Federal nº 10.979, anunciado pelo Ministério da Economia em 25 de fevereiro, promoveu uma redução de 18,5% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente em veículos. A redução varia conforme a eficiência energética e incide sobre as alíquotas constantes na Tabela de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), que diferencia os veículos por cilindrada e peso, entre outras características.
A Fenabrave está pleiteando, junto à Receita Federal, que a redução do IPI seja válida para os veículos em estoque das concessionárias, atualmente, estimado em 19 dias de vendas, para autoveículos (cerca de 83 mil unidades).
CRISE ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA – Até o momento, não é possível mensurar os impactos da crise entre Rússia e Ucrânia, como a piora no abastecimento de peças, aumento no preço dos combustíveis e insumos agrícolas, entre outros fatores que podem comprometer as projeções da Fenabrave para 2022.
A entidade fará revisão nas projeções, para o ano de 2022, ao final do mês de março, devendo divulgar os possíveis ajustes no início de abril.
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