A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), por intermédio do deputado Thiago Silva (MDB), instalou ontem, a Frente Parlamentar em Prol da BR-163/364. O foco do Parlamento é discutir melhorias logísticas às pessoas que transitam nas duas rodovias federais.
Entre os objetivos da Frente Parlamentar está o de acompanhar os trabalhos da MT Par – nova concessão aprovada pela Assembleia Legislativa – para administração da Nova Rota do Oeste, onde o governo do Estado é o sócio majoritário. De acordo com Thiago Silva, as duas rodovias federais têm um dos maiores fluxos de veículos porque escoam parte da produção.
“Logo vêm as cobranças e o Parlamento precisa estar atento a elas. São cerca de 850 km – no trecho compreendido entre Itiquira e Guarantã do Norte. Por isso é preciso fazer o debate e, com isso, definir as prioridades para os próximos anos. A Frente vai acompanhar as obras que já estão sendo executadas e ainda sugerir a construção de obras (travessia urbana, de passarela e de trincheiras) no município de Rondonópolis”, explicou Thiago Silva.
Thiago Silva afirmou que a MT Par e a Nova Rota do Oeste devem apresentar o cronograma para a realização das obras nos próximos anos. Em Rondonópolis, por exemplo, o parlamentar citou como prioridade a construção de viadutos, de novas passarelas e de trincheiras ao longo da BR-163, que corta a cidade.
O gerente de relações institucionais da Nova Rota do Oeste, Roberto Madureira, afirmou que a Frente Parlamentar vai ajudar a concessionária nos trabalhos que estão sendo retomados na BR-163. “A Frente é um canal de comunicação para a Nova Rota do Oeste levar todo o planejamento das obras que estão e serão executadas”, disse Madureira.
Questionado sobre as prioridades sobre a retomada das obras da BR-163, Madureira disse que os critérios adotados são os de “acidentalidade”, ou seja, tanto por quantidade quanto por gravidade e, a “fluidez de tráfego” que é um conceito de nível de serviço.
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“Sobre essas duas óticas, tem sim os pontos prioritários da Nova Rota do Oeste. Um dos trechos iniciados é de Nova Mutum a Sinop, que é um trecho de alta velocidade e com degraus muito elevado à beira da rodovia. É um trecho que tem muita gravidade em acidentes. A outra é para a travessia urbana de Sinop, que gera uma quantidade alta de acidente. E temos ainda a falta de mobilidade de trafego como a rodovia dos Imigrantes”, disse Madureira.
Madureira disse que nos próximos oito anos, a Nova Rota Oeste deve investir cerca de R$ 7,5 bilhões. Desse total, o governo entra com a quantia de R$ 1,6 bilhão, com a arrecadação do pedágio deve gerar R$ 3,3 bilhões e novos financiamentos outros R$ 2,6 bilhões.
“Os investimentos devem ser feitos, porque é obrigação contratual. Mas o governador disse que pretende antecipar esse prazo em quatro ou cinco anos todas as obras. A concessionaria já está trabalhando para antecipar os projetos para que antecipá-las”, disse Madureira.
De acordo com Madureira, o saldo de obras que a Nova Rota do Oeste não havia concluído em Mato Grosso era de 442 km de duplicação – no norte não houve duplicação. Segundo ele, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) duplicou o trecho de Cuiabá a Rondonópolis e a Nova Rota do Oeste o trecho de Rondonópolis até a divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul.
“O grande déficit é com a região norte, onde a pista é simples. Já recuperamos 26 quilômetros de pistas marginais, a construção de 34 viadutos ao longo de rodovia que corta vários municípios. A Rota ainda fez 442 km de recuperação estrutural da rodovia antiga. Essa é a nossa missão emergencial, além da retomada de duplicação para 2023”, disse Madureira.
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