O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP) se pronunciou sobre a decisão do governo federal de mandar desobstruir as rodovias do país bloqueadas pela greve dos caminhoneiros que se revoltaram contra a política da Petrobrás de aumentar o diesel toda semana. “Conversei abertamente com o presidente sobre esse assunto e então o governo precisa tomar a decisão: ou ele desbloqueia essas estradas, faz com que as mercadorias cheguem e a economia volte a funcionar, ou de fato ele não tem como continuar. Ou a desobstrução, a economia voltar, ou o pescoço do presidente vai rolar", defendeu Maggi em entrevista na manhã desta quarta-feira (30) à Rádio Capital FM de Cuiabá.
Blairo disse que o movimento tem o objetivo de derrubar o governo que aí está nesses 10 dias de bloqueios deixando vários municípios desabastecidos de combustível e também de produtos em geral como ração para os animais, alimentos, medicamentos e gás de cozinha.
Hoje a polícia desobstruiu os bloqueios existentes na entrada de Cuiabá e os caminhoneiros começaram a seguir caminho.
O ministro disse que todas as reivindicações da categoria foram atendidos pelo governo federal e as lideranças que participaram da mesa de negociações pediram o retorno ao trabalho.
Ele cita que a violência e a resistência não foi feita por motoristas de caminhão que ficaram reféns de pessoas que não fazem parte do movimento, mas que se aproveitaram da situação causando transtornos. “Hoje o movimento saiu da mão dos caminhoneiros e entrou na mão de outros que tem outras pautas políticas e não a dos caminhoneiros", reiterou.
Segundo ele se esse movimento continuar e o presidente sair, a sociedade vai sofrer muito, o preço dos alimentos vão subir e o desabastecimento também vai piorar. Ele reprovou os grupos que tem pedido a volta dos militares. “É uma minoria tenho certeza absoluta disso”, finalizou.