O salário mínimo proposto para 2019 deverá ser de R$ 1002, conforme anunciou o governo federal através dos novos ministros do Planejamento, Esteves Colnago, e da Fazenda, Eduardo Guardia, durante a apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, nesta quinta-feira (12). O aumento de R$ 48 representa pouco mais de 5% em relação ao atual de R$ 954. Se a previsão se confirmar, essa será a primeira vez que o montante romperá a barreira dos mil reais desde que o Plano Real entrou em vigor em 1994.
O anúncio já era aguardado porque, pela legislação, o governo tem até o dia 15 de abril de cada ano para enviar o projeto ao Congresso Nacional.
Essa deverá ser a última vez que o salário será calculado levando em consideração apenas o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país) de dois anos anteriores e a inflação do ano imeditamente anterior. A menos que o Congresso Nacional aprove nova medida provisória prorrogando o período de vigência dessa base de cálculo usava pelo governo federal desde 2006.
Nesse caso, além de contabilizar o PIB de 2017 de 1%, o governo utilizou a previsão de inflação de 4% que consta no Boletim Focus, uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, resultando na proposta de reajuste de 5%. O valor final, porém, deverá levar em consideração a inflação consolidada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).