O senador Carlos Fávaro (PSD/MT) afirmou que o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai rever a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que manteve em 10% o percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel. O parlamentar, coordenador-geral da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), participou de um evento do setor em Brasília.
“Com relação à decisão do CNPE, que manteve até março do ano que vem o percentual de mistura do biodiesel, ela vai ser confirmada com um decreto. Na equipe de transição, temos um grupo atuando justamente para revogar todo o tipo de decisão tomada que contrarie aquilo que o novo governo defende”, afirmou o senador, que coordena o Grupo Técnico da Agricultura na equipe de transição do governo Lula.
Dados do Centro de Estudos em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) apontam que a produção do biodiesel gerou quase 20 mil empregos diretos no Brasil apenas no ano passado. Para cada R$ 1 a mais de produção da atividade de fabricação de biodiesel, 33 empregos são acrescentados na economia como um todo.
O senador ressaltou que o biodiesel atende a todos os pilares definidos para a retomada do crescimento da economia, com geração de empregos e proteção ao meio ambiente. “Tenho convicção de que não há nada mais ecológico que o combustível verde, uma energia renovável, parte de uma cadeia sustentável. Além disso, tem também o aspecto social, da geração de empregos”.
Em setembro de 2021, o CNPE decidiu pela redução da mistura do biodiesel ao óleo diesel, de 13% para 10%. O mesmo percentual foi mantido ao longo de 2022 e, nesta semana, o conselho definiu pela manutenção do percentual até março do ano que vem, contrariando uma resolução de 2018, que previa a adição de 1% de biodiesel por ano, chegando a 15% em 2023.
Leia mais: Agroindústrias fazem da produção industrial de MT a de maior expansão do País
CLIQUE AQUI E VEJA MAIS NOTÍCIAS DE POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO