O que era para ser uma grande festa na Arena Pantanal, com 3 dias de festividades, shows nacionais e entretenimento aos cuiabanos, acabou sendo uma comemoração tímida e sem muita expressividade na Praça Alencastro. Esse foi o aniversário de Cuiabá realizado ontem (8), sem muito prestígio e com poucas atratividades.
Além disso, a festa não contou com a presença do governador Mauro Mendes (ex-prefeito da capital), mesmo após o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, ter encaminhado o convite ao chefe do poder Executivo estadual e ter esperado sua presença.
A ausência mostra a rivalidade política entre os governantes dos poderes municipal e estadual e deixa dúvida quem será o mais prejudicado com isso. Talvez a briga continue entre os dois, mas quem mais pode perder com isso é a população, segundo avalia o MT Econômico.
Uma das situações que está em atrito é a falta de recursos para a conclusão do novo pronto socorro de Cuiabá, que possui verbas interligadas entre o governo do estado e a prefeitura da capital. Na semana passada, teve uma denúncia de falta de equipamentos básicos como luva (ausência de tamanhos apropriados), entre outras precariedades, onde os vereadores até circularam um vídeo nas redes sociais mostrando que a nova unidade de saúde ainda carece de recursos. O novo pronto-socorro era para ter sido entregue no aniversário da cidade, 8 de abril, mas ainda falta a conclusão de algumas etapas para ter o funcionamento adequado.
Está previsto para o próximo dia 15 de abril ser entregue a segunda etapa do hospital, que será o setor de enfermaria clínica, com 90 leitos à disposição.
As duas últimas etapas, UTI e Urgência Emergência devem ser entregues em 9 de maio, conforme anunciado pelo prefeito recentemente.
Outro ponto de conflito de interesses é o Veículo Leve sobre Trilhos – VLT que ainda é uma incógnita e atualmente a cidade tem o trânsito prejudicado. Apesar de ser um projeto estadual tem impacto direto no município, pois o trânsito que era para melhorar devido ao fluxo de veículos crescente na capital, acabou piorando, com as “cicatrizes/rasgos” feitos no meio de importantes avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.
O looby do setor de transporte público é grande desde o início do projeto, onde era para ter sido viabilizado o BRT, que são ônibus articulados que percorreriam os corredores da capital, por meio de um projeto mais barato, que custava em torno de um terço do projeto do VLT, cerca de R$ 500 milhões, comparado ao custo projetado do VLT de R$ 1,47 bilhão.