Brasileiros sem diploma estão se deslocando para a Austrália para trabalho. O site Mato Grosso Econômico fez um levantamento e as profissões com demanda e que não exigem diploma são dos setores financeiro, tecnologia, agricultura, mineração, comércio, e área da saúde.
Agricultores, recrutadores de recursos humanos, gerentes de produção, fazendeiros, gerentes de restaurantes ou de cafeterias e outros profissionais do setor de alimentação também conseguem encontrar boas oportunidades no país. Os perfis requisitados para estas vagas são de pessoas que falem inglês e que já têm experiência prévia na área.
O consultor imigratório MaCson Queiroz informa que muitos destes brasileiros trouxeram as suas respectivas famílias e vieram para trabalhar, estudar e viver no país.
O país, diz Queiroz, é receptivo com os estrangeiros e aproximadamente 40% da sua população nasceu fora da Austrália. Além disso, o governo estimula a imigração de profissionais e todo ano divulga uma lista com as profissões mais requisitadas com o objetivo de atrair estrangeiros interessados em viver e trabalhar no país. A última lista foi publicada em julho do ano passado e está valendo até junho deste ano.
Embora, na lista haja majoritariamente ocupações que exigem diploma superior, Queiroz afirma que a falta de formação acadêmica não é impedimento nem para imigrar e muito menos para encontrar oportunidades profissionais.
Algumas destas ocupações, de acordo com Queiroz, pagam tão bem quanto aqueles que exigem diploma. “Exemplos são os recrutadores de RH e operadores de máquinas na área de tecnologia e mineração que têm salário anual a partir de 90 mil dólares australianos”, diz.
Salários mais baixos são oferecidos para as funções que não têm experiência como requisito. Em geral, diz o diretor da M. Quality, a remuneração anual dos profissionais que não têm formação superior varia de 45 mil até 150 mil dólares anuais.
Processo de imigração é cheio de detalhes e pode demorar
Apesar de ter bons índices de aprovação, o processo imigratório é complexo. “As leis australianas diferem muito das do Brasil e possuem diversos pormenores”, diz Queiroz.Tentar disputar vagas sem ter o visto de trabalho é perda de tempo. O caminho deve ser o inverso. “Este é um erro enorme que muitos inadvertidamente praticam, pois a maioria absoluta dos empregadores australianos somente oferecerão um emprego para aqueles que já tenham adquirido os direitos trabalhistas (visto) na Austrália”, diz Queiroz.
O processo de imigração tem tempo variável, dependendo do tipo de visto solicitado, a qualidade da documentação e do número de vagas ofertadas pelo departamento australiano na época da requisição.
“Geralmente, varia de 4 semanas a 18 meses. Para uma pessoa solteira, sem dependentes, em uma categoria de visto temporário, o valor do processo em termos de taxas governamentais será a partir de 1,4 mil dólares australianos”, diz o diretor da M. Quality.
Já as solicitações de visto permanente custam a partir de 6 mil dólares. Interessados em conseguir visto de trabalho para a Austrália podem fazer um teste de elegibilidade gratuito, no site da M.Quality.